Presidente lembrou que ataques são em “zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas”. Ele chamou o crime de “punição coletiva”. O presidente também condenou os tiroteios na Pensilvânia, nos EUA, ocorridos no sábado
O presidente Lula repudiou neste domingo (14) o ataque criminoso das forças de Israel ao campo de refugiados de Al Mawasi que resultou na morte de 92 civis palestinos e deixou mais de 300 pessoas feridas. O ataque, como sempre, foi justificado por uma suposta presença de dirigentes do Hamas no campo, fato que foi constatado como uma mentira.
“É estarrecedor que continuem punindo coletivamente o povo palestino. Já são dezenas de milhares de mortos em seguidos ataques desde o ano passado, muitos deles em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas”, disse Lula em nota. “Nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável”, acrescentou o presidente.
Lula voltou a exigir que parem as hostilidades contra civis palestinos em Gaza. E convocou a comunidade internacional a agir pela paz na região e contra o massacre de civis. “O cessar-fogo e a paz na região precisam ser prioridades na agenda internacional. Todos os nossos esforços devem estar centrados na garantia da libertação dos reféns israelenses e no fim dos ataques à Faixa de Gaza”, conclamou.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, desde que as forças de Benjamin Netanyahu entraram em Gaza, em 7 de outubro de 2023, 38.584 pessoas foram mortas, sendo a maioria civis, mulheres e crianças. Estudo recene da revista Lancet concluiu que, entre mortes diretas e indiretas provocadas pelos bombardeios, 186 mil palestinos perderam a vida.
A ditadura israelense segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio. Mesmo com a condenação da grande maioria dos países do mundo, da ONU, do Tribunal Penal Internacional, o regime de Israel segue cometendo crimes. O mais recente bombardeio promovido na Faixa de Gaza vitimando centenas de inocentes é inadmissível. Agora com mais de 90 vítimas fatais e quase 300 feridos em tendas que abrigavam crianças.
Mais cedo o presidente Lula também se pronunciou sobre o atentado no comício de Donald Trump na Pensilvânia no sábado (13). Em publicação nas redes sociais, ele afirmou que o ataque “deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política”. “O que vimos hoje é inaceitável”, escreveu.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil também condenou o ataque. O governo também disse desejar a “pronta recuperação do ex-presidente”. “O Brasil reafirma ser inaceitável qualquer forma de violência política em sociedades democráticas e acompanha com atenção o pleno esclarecimento dos fatos.”
O vice-presidente da República Geraldo Alckmin, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também condenaram o ataque. Alckmin chamou o incidente de “lamentável” e afirmou que a “democracia se faz com ideias, debates e votos”. “Nunca com tiros e violência”, concluiu.
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