Os médicos da República Dominicana vêm realizando uma série de paralisações de 48 horas nos hospitais públicos contra a política de arrocho e descaso do governo do presidente Danilo Medina. A greve, iniciada na última quinta-feira, foi a quarta no mês de outubro e a sétima deste ano.
De acordo com o Sindicato dos Médicos, as autoridades locais têm descumprido com o acordo assinado em novembro do ano passado em que se comprometeram a reajustar os salários em 25%. Pelo acertado, o reajuste seria pago em duas vezes: uma de 10% – que ocorreu em janeiro deste ano – e outra de 15%, prevista para agosto, mas ainda não depositada.
Como o governo não deu qualquer prazo ou justificativa, na última quarta-feira, comandados pelo presidente do Colégio Médico Dominicano (CMD), Waldo Ariel Suero, os profissionais da saúde marcharam do hospital Salvador Gautier na capital, Santo Domingo, até a sede do Ministério da Saúde Pública, para dialogar. Na oportunidade, a ministra Altagracia Marcelino não apenas não conversou com os manifestantes como os recebeu com um forte aparato policial, ampliando o clima de confrontação com a categoria.
“O governo descumpriu um acordo já assinado com os médicos e também não reajustou os salários dos empregados administrativos dos hospitais públicos”, denunciou o presidente do CMD. Com isso, ressaltou Suero, o governo Medina vem demonstrando sua incapacidade para solucionar as demandas dos cerca de cinco mil médicos e demais servidores da saúde da ilha caribenha.