As refinarias privatizadas Mataripe e Amazônia estão reduzindo suas produções de diesel e gás para importar esses derivados de petróleo no mercado internacional de petróleo (leia-se cartel), denuncia a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Antes de serem privatizadas pelo governo Bolsonaro, essas refinarias – que antigamente se chamavam Landulpho Alves (Rlam) e Isaac Sabbá (Reman), respectivamente –, dentro da rede de refinarias da Petrobrás, cumpriam o papel de reduzir a dependência externa desses produtos, não só para garantir o abastecimento interno, mas também para baratear os insumos ao consumidor.
Somente no primeiro trimestre de 2024, as importações representaram, em média, 23,4% do total de gás de cozinha comercializado no país e 20,2% de óleo diesel, segundo a FUP, com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que foram divulgados pelo jornal “A Tarde”. Em 2023, a participação dos derivados importados no mercado doméstico foi de 17% no gás de cozinha e de 25% no diesel.
Entre 2013 e 2018, a Rlam também produzia, em média, 17,2 mil barris de gás de cozinha por dia. Após a proposta de venda e a efetiva privatização (em fevereiro de 2021), a refinaria baiana reduziu sua produção média diária, entre 2018 e junho de 2024, para 13 mil barris de gás de cozinha – o que corresponde a um recuo de 24,5% entre os períodos analisados.
No óleo diesel, entre 2013 e 2018, a produção média era de 86,4 mil barris/dia. De 2019 a junho de 2024, o volume médio caiu para 76 mil barris diários, com um declínio de 12%.
O mesmo cenário se vê na refinaria de Manaus. A produção média diária da antiga Reman da Petrobrás caiu de 1,3 mil barris de gás de cozinha, entre 2013 e 2019, para apenas 340 barris/dia, entre 2020 e junho de 2024, com uma queda significativa de 73%. No óleo diesel, a diminuição foi de 33%, com a produção da unidade passando de 11,6 mil barris, entre 2013 e 2019, para 7,7 mil barris, no período de 2020 a junho de 2024.
A Mataripe (controlada pela Acelen, do fundo árabe Mubadala Capital) e a Amazônia (sob a gestão do grupo privado Atem) vendem os combustíveis bem acima da média de preços das refinarias controladas pela Petrobrás.
AMEAÇA AO ABASTECIMENTO
“Por trás dessa queda de produção está a falta de compromisso das refinarias privadas com o abastecimento nacional”, comenta o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, ao denunciar que, após a privatização dessas duas refinarias, houve redução na produção de derivados de petróleo e, consequentemente, aumento na necessidade de o país importar gás de cozinha e diesel para abastecer o mercado doméstico.
Há duas semanas, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Petróleo e Derivados do Estado do Amazonas (Sindipetro-AM) denunciou que a Refinaria da Amazônia estava com sua produção paralisada e operando apenas como estrutura de apoio logístico para a distribuição de derivados importados.
A explicação da empresa de que a refinaria estaria passando por uma parada de manutenção intensiva “não coincide com os fatos”, afirma o coordenador-geral do Sindipetro-AM, Marcus Ribeiro.
“Muito estranho, pois não se vê ritmo e movimentação de parada de manutenção, processo que exige contratação de empregados para acompanhar e fazer o serviço. O que estamos vendo é a demissão de trabalhadores; mais de 40 deles foram desligados nos últimos dias. A refinaria não está produzindo nada e se transformou, na prática, em terminal logístico”, denunciou.
Todo mundo sabe que a Petrobrás na mão dos petistas está vendendo o petróleo mais caro para as empresas que compraram a refinaria.
Justamente pra dificuldade ser maior. Esquerda só pensa em si mesma. Sempre foi assim.
“Todo mundo sabe?” Por que você acha que pode dizer qualquer coisa e os outros têm que acreditar, mesmo que não seja verdade?
A Petrobras vende o petróleo para as refinarias privatizadas a preço internacional , se eles quiserem podem comprar em qualquer lugar do mundo. Querem privilégio e pagar maia barato? Vai para Cuba , vai para Venezuela!! Aproveita e chora GADO!!
Não entendemos. Você está dizendo que o petróleo é mais barato em Cuba ou na Venezuela? Mesmo para refinarias privatizadas?
Na verdade as privatizadas não querem refinar mesmo. O plano era privatizar as demais refinarias no segundo governo Bolsonaro e controlar os preços ( no alto) para garantir uma margem gorda de lucro, o que não aconteceu.
Eles consideram a margem atual baixa, muito devido a carga tributária também, e preferem importar produto ou não produzir. A Petrobrás vende o petróleo no mesmo preço que vende para os demais clientes.
Como é facil desmontar um pais depois da privatização
Refinarias em trocas de joias…tai o resultado…infelizmentevai ser difíci retomar as refinarias para o nosso Brasil novamente…