Os trabalhadores dos Correios de São Paulo iniciaram uma greve a partir desta segunda-feira (5), tendo como reivindicação principal o reajuste salarial de todas as funções que compõem a categoria.
De acordo com o SINTECT-SP (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo), durante a assembleia, que lotou o sindicato na última sexta-feira, os trabalhadores demonstraram união e determinação em lutar por seus direitos e realizar uma “greve histórica se não houver uma resposta convincente até o dia 7 de agosto”.
“Nossa paciência se esgotou. Chegou a hora de mostrar a nossa força e a nossa união”, afirmou o presidente do sindicato, Elías Diviza, justificando que a decisão acontece após a falta de propostas concretas da direção dos Correios em 14 reuniões de negociação sem avanços significativos.
A greve abrange toda a categoria, que inclui, além dos carteiros motorizados e carteiros pedestres, motoristas, operadores de triagem e administrativos, que estão com seus salários “defasados há anos”.
Entre as principais reivindicações da categoria estão, reajuste com valorização salarial e funcional, abertura de concurso público robusto para suprir as necessidades reais da empresa, e redução do custeio do plano de saúde. Segundo o sindicato, o custo do plano impactou na desistência de 20 mil funcionários, que optaram por não ter o serviço por conta do alto valor.
Os trabalhadores também querem voltar a discutir cláusulas importantes como os 70% das férias, vale cultura, ticket peru e adicional noturno de 60%.
“A greve é um claro recado à direção da empresa e ao presidente dos Correios, mostrando a insatisfação com a falta de propostas concretas após 14 reuniões de negociação sem avanços significativos. Vale lembrar que o sindicato protocolou um pedido junto à empresa em janeiro deste ano para reajustar as funções, mas a direção dos Correios desprezou a demanda e não apresentou qualquer proposta aos trabalhadores”, afirma o SINTECT-SP.