Reunidos com a presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, na segunda-feira (5), dirigentes da FUP (Federação Única dos Petroleiros), da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e de sindicatos apresentaram uma série de demandas da categoria e propostas para a reconstrução da estatal.
Alguns dos pontos apresentados pelos dirigentes sindicais foram a retomada dos direitos dos petroleiros, duramente atacados nos governos Temer e Bolsonaro, e o fortalecimento da negociação coletiva de todas as questões que afetam os trabalhadores.
No encontro, os petroleiros entregaram à presidente da Petrobrás um documento com propostas aprovadas pela categoria na Plenafup de 2021, que foram apresentadas ao presidente Lula ainda na campanha eleitoral de 2022 e que “serviram de contribuição para o plano de governo no que diz respeito ao setor de energia”, conforme a entidade.
Segundo a FUP, “o documento reforça a importância do resgate da Petrobrás como empresa pública, voltada para os interesses nacionais e do povo brasileiro, e comprometida com a valorização dos trabalhadores e das trabalhadoras, que são a força motriz da reconstrução da empresa”.
Entre as questões mais importantes do documento ressalta-se “a necessidade da empresa ter planos estratégicos de longo prazo; voltar a ser uma empresa integrada de energia; retornar ao mercado de distribuição de combustíveis; fortalecer e ampliar o parque nacional de refino, retomando o controle das refinarias que foram privatizadas; voltar a investir nas áreas de fertilizantes e de petroquímicos; garantir uma política de preços justos para a população, principalmente em relação ao gás de cozinha, gasolina e óleo diesel”
O documento destaca ainda a importância da empresa “retomar uma política ativa de exploração de petróleo e de investimentos em campos offshore e onshore; acabar com os afretamentos de navios e de plataformas, priorizando a indústria nacional e o fortalecimento da política de conteúdo local e ampliar a infraestrutura de escoamento de gás natural no país”, entre outros pontos, além de fortalecer a função social da Petrobrás, com investimentos em projetos socioculturais e ambientais de maior capilaridade na sociedade e que tenham participação de organizações populares.
Um outro documento, aprovado pelos petroleiros do Rio Grande Sul no último Congresso do Sindipetro RS, que reforça a “importância estratégica das ações e dos investimentos da estatal em meio à tragédia climática que deixou milhares de famílias desabrigadas e desalojadas”, também foi entregue à diretoria da Petrobrás.
