O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, teve revogada a sua prisão preventiva nesta quinta-feira (8) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Segundo Moraes, os elementos que levaram à prisão de Silvinei, há um ano, não se aplicam mais ao caso.
O ministro do STF estabeleceu condições (medidas cautelares) para que o ex-diretor da PRF fosse solto.
Entre elas estão:
1) uso de tornozeleira eletrônica;
2) obrigação de se apresentar à Justiça periodicamente;
3) cancelamento do passaporte e proibição de deixar o país;
4) suspensão do porte de arma de fogo;
5) proibição de uso das redes sociais;
6) proibição de comunicar-se com outros investigados.
Silvinei cumpre prisão preventiva no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Ele está preso desde o dia 9 de agosto de 2023 por ordem de Moraes, denunciado por tentar interferir no segundo turno das eleições de 2022 para beneficiar Bolsonaro.
A Polícia Federal apontou que Silvinei interferiu na eleição ao promover blitze injustificadas nas estradas para impedir a chegada de eleitores nos locais de votação durante o segundo turno, principalmente no Nordeste, região onde Lula tem sua maior votação.
Segundo a PF, as blitze configuraram crime de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, assim como crimes de “impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro”.
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