Em comunicado, o governo brasileiro diz que mesmo com todos os esforços pelo cessar-fogo, é inadmissível que “o governo israelense siga adotando medidas que levam à escalada do conflito e afastam ainda mais os povos da região do alcance da paz”
O governo brasileiro condenou o ataque aéreo de Israel no sábado (10) que matou mais de cem palestinos numa escola onde estavam abrigados civis que fugiam dos ataques à cidade de Gaza ordenados pelo ditador Benjamin Netanyahu.
Em nota o governo diz que “o Brasil condena, nos mais fortes termos, novo ataque aéreo, realizado pelo exército israelense, à infraestrutura civil abrigando deslocados na Faixa de Gaza. O bombardeio, que atingiu a escola de Al-Tabin, na cidade de Gaza, deixou dezenas de mortos e feridos, incluindo mulheres e crianças”.
O Brasil expressou também profunda solidariedade às famílias das vítimas, ao governo e ao povo do Estado da Palestina. O governo recordou “a exigência, de acordo com o Direito Internacional Humanitário, de que Israel atue com base no princípio da proporcionalidade, tomando as medidas necessárias para proteger a população civil nos territórios ocupados”.
“O desrespeito a esse princípio tem sido recorrente nas operações militares israelenses na Faixa de Gaza nos últimos dez meses”, aponta a nota do Planalto.
Em prosseguimento ao protesto, o Brasil deplorou que, “em meio a esforços de negociações para acordo que assegure cessar-fogo, libertação dos reféns e acesso desimpedido ao auxílio humanitário em Gaza, o governo israelense siga adotando medidas que levam à escalada do conflito e afastam ainda mais os povos da região do alcance da paz”.
“Nesse contexto, o Brasil conclama as partes à imediata e plena implementação do plano de cessar-fogo aprovado pela Resolução 2735 (2024) do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, conclui o comunicado.