Os servidores da carreira de finanças e controle do no Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram, nesta terça-feira (13), uma manifestação em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e caminhada até o Ministério da Fazenda (MF) em defesa da reposição salarial. A paralisação acontece nesta terça-feira (13) e quarta-feira (14).
“A carreira de Finanças e Controle está aqui hoje para exigir valorização. Já foram protocoladas mais de 320 entregas de cargos por servidores que não querem mais servir ao governo se não forem respeitados, se a carreira à qual pertencem continuar a ser alvo de desmonte, se o Ministério da Fazenda, casa dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle, persistir com essa política salarial que promove assimetrias entre as carreiras fazendárias”, afirmou Rudinei Marques, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e COntrole (Unacon Sindical), em frente ao MF.
Os manifestantes carregavam faixas e cartazes com dizeres direcionados aos ministros Esther Dweck e Fernando Haddad, cobraram valorização, respeito e a abertura de uma negociação efetiva. A mobilização se deu após a rejeição da proposta do governo e exige a retomada das negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
O delegado sindical do Distrito Federal, Rafael Perez, destacou o que a categoria considera três pontos essenciais de sua pauta: mudança do requisito de ingresso no cargo de técnico em finanças e controle; manutenção dos níveis atuais da tabela de progressão; e valorização salarial.
“Estamos pedindo coerência, coerência remuneratória dentro do Ministério da Fazenda, pedindo que você, ministro Haddad, valorize e lute pela valorização de todas as carreiras, de mesma responsabilidade, sob a sua gestão. Não estamos pedindo algo que não foi concedido a outras carreiras, pelo contrário, ainda estamos sem uma negociação efetiva, enquanto outros servidores aqui no MF já tiveram suas remunerações reajustadas neste ano”, disse Rafael.
De acordo com a Unacon, os pleitos da carreira foram recebidos pelo assessor especial da ministra Esther Dweck, Bráulio Cerqueira. “Nosso pleito é por respeito. Não vamos aceitar a imposição de vinte níveis, não vamos aceitar o rebaixamento salarial. Nós exercemos, tanto no Tesouro quanto na CGU, atividades complexas e essenciais para a política econômica e fiscal, para a agenda de combate à corrupção e para a melhoria da gestão pública. Exigimos respeito, diálogo e valorização”, disse a delegada sindical Roberta Holder.
Além do ato em Brasília, foram registradas atos em diversos estados, nas unidades da Controladoria-Geral da União, tais como: São Paulo, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul, Piauí, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Pará e Espírito Santo.