Resultado veio após cinco altas seguidas, influenciado pela queda no setor de hiper e supermercados (-2,1%)
Após cinco meses de alta, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro caiu 1% em junho, informou nesta quarta-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal contribuição negativa veio de hiper e supermercados, justamente o setor que tem mais peso na composição do varejo. Ante junho, as vendas do setor recuaram 2,1%, reflexo do aumento da inflação dos alimentos que vinha em queda.
Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE, afirma que o varejo está com uma base de comparação elevada após cinco meses de altas desde o início do ano, o que causou um efeito rebote de maio para junho.
“E tem a questão de preços, apesar de ter tido uma desaceleração no IPCA geral de maio pra junho, a alimentação em domicílio puxou a inflação para cima, diminuindo as vendas de hiper e supermercados”, disse.
Além das vendas em supermercados, houve queda em Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,8%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,9%) e e Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,3%). Combustíveis e lubrificantes (0,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,8%) e Móveis e eletrodomésticos (2,6%) cresceram.
Incluindo o varejo ampliado, o volume de vendas variou 0,4% no mês. Veículos e motos, partes e peças cresceu 3,9% em junho com relação a maio, enquanto o setor de Material de construção teve alta de 4,8%.
Na comparação com junho de 2013, o comércio varejista subiu 4%. O acumulado no ano alcançou variação positiva de 5,2%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 3,6%.