“Governo não está sendo sensível às demandas de quem não pode parar na pandemia”
EDUARDO COSTA (*)
Meu artigo do dia de ontem (21), na coluna do Luis Nassif, no GGN, criticando a intransigência do MGI (Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos), levou a Associação dos Servidores da Fundação Osvaldo Cruz (ASFOC) a se explicar e tentar balizar as críticas levantadas pelo meu texto.
No entanto, o mesmo contribuiu para que ocorresse uma reunião com a participação de representantes do Comando do Movimento por Reposicão Salarial da Fiocruz, e da presidência da Fiocruz, com o SRT/MGI à tardinha do mesmo dia.
E o resultado não foi melhor pelo fato dessa iniciativa ter sido tardia, já que o “Movimento” nasceu em função da ASFOC estar pronta para assinar um acordo ainda pior. E mais ainda, obrigou a que fosse feita nova Assembleia para repetir votação já realizada.
Diferente da resposta do sindicato, o “Movimento” criou o avanço. E este que assina, tentou levar a ASFOC a entender que devia cooperar, ao invés de resistir à força que tinha sido criada nas bases dos servidores da Fiocruz. Um movimento com a justa reivindicação pela reposição salarial das perdas de cerca de 70% de 2015.
Infelizmente, quando foi possível uma audiência, ontem (21), o MGI, por decorrência de prazo, e certamente por outros motivos também, não foi sensível às demandas de quem não pode parar na pandemia, enquanto a carreira de gestores e outras têm vencimentos cerca de 50% maiores do que os da Fiocruz.
O MGI parece estar querendo “quebrar o corincho” de nossa instituição. Mas o que ele está fazendo, na verdade, é desrespeitar a história de luta dos servidores da Fiocruz e criar problemas para o governo Lula.
(*) Eduardo de Azeredo Costa é Pesquisador titular aposentado da Fiocruz
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