O líder do Labour (partido trabalhista inglês), Jeremy Corbyn, discursou para um auditório lotado durante a Conferência do partido e deu dura resposta a acusações de antissemitismo que partem de lobbies pró-isralenses, em especial os incrustados entre os conservadores do partido da cambaleante premiê May: “Não aceitamos estes ataques dos tories hipócritas, que um dia nos acusam de antissemitismo e no outro endossam o governo direitista de Viktor Orban, ou quando dizem que nós somos racistas, quando trabalham para criar um ambiente hostil às comunidades de imigrantes”.
Ele deixou claro que não se intimida com as acusações deste jaez, partindo do governo de Israel, e afirmou que seu governo “reconhecerá a Palestina assim que chegar ao poder” e condenou a “discriminadora Lei Estado-Nação” recentemente promulgada pelo governo de Israel assim como o massacre de “manifestantes desarmados pelas forças israelenses” na Faixa de Gaza durante o 70º aniversário da “Nakba”, a catástrofe que levou ao êxodo de 800 mil palestinos em meio ao terror desatado na implantação do Estado de Israel.
Corbyn também não poupou as “agressivas” diabruras de Trump e sua catilinária de abusos: “Quando o presidente Trump tira os EUA dos acordos de Paris, tenta rasgar o acordo nuclear com o Irã, desloca a embaixada norte-americana para Jerusalém e promove guerras comerciais, dá as costas à cooperação e até à lei internacional”.