AGU recorrerá da decisão de sustar investigação contra Campos Neto e suas contas secretas

AGU quer o prosseguimento da investigação contra o presidente do BC, Campos Neto. Fotos: Divulgação - Fabio Rodrigues-Pozzebom - Agência Brasil
Sentença do ministro do STF, Dias Toffoli, inviabilizou sessão extraordinária que estava prevista para ocorrer na última quarta-feira (4)

A AGU (Advocacia-Geral da União) anunciou que vai recorrer da decisão do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal) de encerrar os 3 procedimentos administrativos no âmbito da Comissão de Ética Pública da Presidência.

Essas poderiam resultar na investigação de offshores de Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central). A informação é da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.

A decisão de Toffoli inviabilizou a sessão extraordinária, que estava prevista para ocorrer, na última quarta-feira (4), mas a expectativa é de que a AGU recorra da decisão nos próximos dias.

De acordo com o colunista, os procedimentos que atingem Campos Neto e Paulo Guedes, ex-ministro da Economia de Jair Bolsonaro, se arrastam na Comissão de Ética desde 2019, quando se descobriu a existência de offshores deles pelo Pandora Papers, consórcio internacional de jornalistas com base em documentos vazados.

Sob a gestão de Bolsonaro, os processos não avançaram, mas sob o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Campos Neto conseguiu decisão judicial concedida pela 16ª Vara Federal Cível de Brasília para que suspendesse as apurações.

PANDORA PAPERS

O que o mega vazamento revela sobre riqueza e negócios secretos de líderes mundiais?

A riqueza secreta e os negócios de líderes mundiais, políticos e bilionários foram expostos em um dos maiores vazamentos de documentos financeiros já ocorridos.

Cerca de 35 líderes atuais e passados, além de mais de 300 funcionários públicos, aparecem nos arquivos de empresas offshore, apelidados de Pandora Papers.

Eles revelam, por exemplo, que o rei da Jordânia, Abdullah 2º, gastou US$ 100 milhões (R$ 535 milhões) comprando propriedades no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Os documentos também mostram como o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair e a esposa mulher dele, Cherie, economizaram 312 mil libras (R$ 2,3 milhões) em impostos quando compraram edifício no centro de Londres, onde hoje funciona o escritório de advocacia de Cherie.

O Pandora Papers é o mais recente de série de megavazamentos de dados ocorridos nos últimos 10 anos, após FinCen Files, Paradise Papers, Panamá Papers e LuxLeaks.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *