O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que seu colega, o ministro Alexandre de Moraes, é “um juiz que tem a coragem e a independência necessárias para fazer o certo”.
As declarações do ministro do STF aconteceram em solidariedade a Moraes pelos ataques que sofreu em ato dos bolsonaristas na Avenida Paulista (SP), no sábado, 7 de setembro.
Dino utilizou uma rede social para apoiar Moraes. Publicou os elogios na legenda de uma foto em que aparece ao lado de Moraes.
“Defender uma Pátria Justa e Democrática, nos termos da Constituição, é o trabalho a que me dedico no Supremo, onde aprendo com mestres e amigos a exemplo de ALEXANDRE DE MORAES. É um juiz que tem a coragem e a independência necessárias para fazer o certo. É o que verdadeiramente importa”, escreveu Dino.
Enquanto foi atacado pelos bolsonaristas à tarde em São Paulo, pela manhã o ministro Alexandre de Moraes foi saudado pelo público que compareceu ao desfile do 7 de Setembro, em Brasília, aos gritos de “Xandão, Xandão”. O magistrado respondeu acenando em direção às arquibancadas.
Convidado por Lula, Moraes esteve presente no desfile ao lado de outros ministros da Corte, como o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, o vice, Edson Fachin, e do ministro Dias Toffoli. Ministros do governo Lula, como Rui Costa (Casa Civil), Ricardo Lewandowski (Justiça), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), além do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também compareceram.
O apoio ao ministro cresceu após ele determinar a suspensão da rede social X, do bilionário Elon Musk, no Brasil por descumprimento de ordens judiciais.
INDEPENDÊNCIA
Sobre o Dia da Independência, Flávio Dino ainda postou que: “Celebrar a nossa Pátria exige trabalhar todos os dias para o pleno cumprimento da nossa Constituição, a Carta da democracia e da justiça social, tendo o STF como guardião e intérprete”.
E acrescentou um parecer do ex-ministro do STF, Celso de Mello, numa antiga ação:
“A interpretação constitucional derivada das decisões proferidas pelo STF – a quem se atribuiu a função eminente de “guarda da Constituição” – assume papel de essencial importância na organização institucional do Estado brasileiro, a justificar o reconhecimento de que o modelo político-jurídico (…)”;
“(…) vigente em nosso país confere, à Suprema Corte, a singular prerrogativa de dispor do monopólio da última palavra em tema de exegese das normas inscritas no texto da Lei Fundamental.”
[ADI 3345; rel. min. Celso de Mello)”