Os trabalhadores metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos rejeitaram a proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa e aprovaram aviso de greve, nesta quarta-feira (11). Caso a GM não avance nas negociações, os trabalhadores podem parar a produção a partir da próxima segunda-feira (16).
De acordo com o Sindicato, a proposta patronal traz reajuste salarial abaixo da inflação e retirada de direitos. Na última rodada de negociação com a entidade, na terça-feira (10), a empresa propôs o reajuste salarial de apenas 1,85%, equivalente a 50% do INPC dos últimos 12 meses (3,71%).
“Ao apresentar essa proposta extremamente rebaixada, a GM desrespeita os trabalhadores. Os metalúrgicos da fábrica têm histórico de luta e organização. Não iremos engolir essa afronta”, afirma o presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano.
De acordo com o sindicato, além do reajuste abaixo da inflação, a montadora quer congelar o piso salarial da fábrica e “acabar, para todos os trabalhadores, com o direito à estabilidade no emprego para vítimas de lesões e doenças do trabalho”, diz a entidade, considerando uma “afronta” por parte da multinacional.
A entidade ressalta que as propostas apresentadas pela empresa são o exato oposto da pauta de reivindicações apresentada pela categoria metalúrgica, que inclui aumento real de salário e manutenção de direitos.
A planta da GM em São José dos Campos possui cerca de 3.250 trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer. Uma nova assembleia acontecerá hoje, com os trabalhadores do segundo turno.