O deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE) recebeu ameaças de morte de bolsonaristas que querem anistia por tentar dar um golpe de estado e pediu escolta armada à Polícia Legislativa.
O parlamentar registrou boletim de ocorrência na Polícia Legislativa e pediu escolta armada. Túlio cobra que as ameaças sejam objeto de investigação policial.
Gadêlha criticou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) a proposta, apresentada por deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que dá perdão aos condenados pelos ataques contra o Congresso, o Supremo e o Palácio do Planalto.
“Isso é grave demais. Esses deputados da ultradireita lançaram mentiras nas redes sociais para mobilizar criminosos contra mim. Estão usando o sentimento alheio para estimular a agressão e atentados contra a vida”, disse Túlio Gadêlha.
Gadêlha recebeu um áudio de uma mulher chamando-o de “filha da puta do caralho” e diz que ele “vai pagar”.
Nas redes, uma mensagem dizia: “Eu gastaria meu réu primário com muito orgulho e te mandava para o colo do capeta”.
Outro bolsonarista falou que Túlio Gadêlha “merece umas porradas nessa cara”.
Por WhatsApp, outra ameaça: “Contrata segurança que o pau vai torar”. Por e-mail, outro criminoso falou que o deputado “será chamado para o inferno”.
O deputado falou que “criticar, discordar, é uma coisa. Outra coisa é ameaçar. Isso sim é coisa de polícia, assim como ameaçar instituições brasileiras”.
Na sessão da CCJ, Túlio Gadêlha criticou as pessoas que pedem anistia para seus familiares criminosos que participaram do golpe do dia 8 de janeiro de 2023.
“Eu fico de coração partido porque, muitas vezes, essas senhoras não respondem pelos atos dos seus maridos, seus esposos, mas fico ainda mais indignado porque há colegas que vêm ao microfone e à tribuna dizer que não foi cometido crime, que isso não é crime”, falou.
Esse discurso foi disseminado nos canais bolsonaristas, de onde partiram os ataques e ameaças contra o parlamentar.