Uma multidão calculada em 500 mil pessoas pelas organizadoras tomou as ruas de São Paulo neste sábado (29) na manifestação “Mulheres Unidas contra Bolsonaro”.
Entre as palavras de ordem da manifestação estavam bandeiras como Não! ao machismo, racismo, exploração e “ditadura nunca mais”.
Além de São Paulo houve atos em 114 cidades do país, em todos os estados e no Distrito Federal. O movimento foi convocado pelas redes sociais e teve o apoio de artistas, personalidades políticas e partidos.
Os maiores atos aconteceram no Rio de Janeiro e em São Paulo. Na capital paulista, as manifestantes começaram a se reunir no Largo da Batata, na Zona Oeste, por volta das 14h30. Às 18 horas a multidão começou a caminhar, as manifestantes tomaram completamente a Avenida Rebouças, no sentido da Avenida Paulista. Pouco antes das 20h chegaram à Paulista e às 20h40 foi declarado o final do ato.
A candidata Marina Silva participou do ato no Largo da Batata. Do meio da multidão, acompanhada de apoiadores com camisetas e adesivos com a inscrição #ElaSim, Marina defendeu a igualdade salarial entre homens e mulheres com o mesmo cargo. “As mulheres têm o direito de se manifestar, de consolidar as conquistas que obtiveram a duras penas”, disse a candidata chamada para se pronunciar num breve discurso. Num dos debates anteriores, Marina repreendeu Bolsonaro, que defendeu que as mulheres não devem ganhar salários iguais aos homens em cargos iguais.
No Rio de Janeiro, a concentração começou em frente ao Cine Odeon e no início da tarde, no centro, na Cinelândia. Manifestantes deixaram a Cinelândia e seguiram em passeata pelas ruas do centro do Rio, terminando às 21h.
Houve protestos também no exterior, em cidades como Nova York, Londres, Lisboa, Barcelona e Cidade do México.
Os apoiadores de Bolsonaro fizeram atos para se contrapor ao movimento das mulheres. Conseguiram fazer pequenas reuniões em 40 cidades do país, em 16 estados.