A empresa chinesa SMEE registrou patente de geradores de radiação ultravioleta extrema, tecnologia que permitirá a produção autossuficiente de chips do topo na fronteira tecnológica
A indústria de fabricação de semicondutores da China alcançou um avanço decisivo que foi revelado pelo pedido de patente para equipamento de litografia de ultravioleta que o país ainda não produz.
A empresa Shanghai Micro Electronics Equipment (SMEE) registrou patente para geradores de radiação ultravioleta extrema, tecnologia que permitirá autossuficiência plena para a China produzir chips do topo da fronteira tecnológica. O pedido ocorreu em março do ano passado mas só foi divulgado na semana passada. A documentação ainda está sendo analisada pela Administração Nacional de Propriedade Intelectual da China.
“Scanners ultravioleta extremos avançados são indispensáveis para a produção em massa de semicondutores menores que 7 nanômetros, pois proporcionam melhores rendimentos de produção, em termos de porcentagem de elementos não defeituosos em sua fabricação”, explica a patente.
Por causa das sanções impostas pelos Estados Unidos em 2019 à indústria de chips chinesa, a empresa holandesa ASML, que atualmente tem o monopólio de produção de máquinas de litografia ultravioleta extrema, não pode comercializar para a China. Essa nova patente é um passo importante para o país asiático quebrar o monopólio do ocidente e anular os efeitos das sanções de Washington na área.
Ao alcançar o domínio desta tecnologia, a China diminui a distância que a separa dos Estados Unidos e de outros países líderes em semicondutores. Com isso, também ficará exposta a incapacidade dos EUA de deter o desenvolvimento tecnológico do gigante asiático.