A candidata a presidente da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, afirmou que Jair Bolsonaro tem “atitude antidemocrática, desrespeita as mulheres, índios, negros, a população brasileira”. No debate da TV Record, domingo (30), ao responder pergunta sobre sua opinião acerca da frase do candidato do PSL de que não reconheceria o resultado das eleições se não for o vencedor, ela disse que o adversário “desrespeita o jogo democrático”.
“Numa democracia, se não temos comprovação de que houve fraude, não se pode entrar no jogo se for para ganhar de qualquer jeito. Para mim, essas palavras só podem ser uma coisa: Bolsonaro fala muito grosso, mas tem momentos que amarela. Amarela mesmo. Isso são palavras de quem já está com medo da derrota. Da derrota que será dada a ele pela atitude autoritária”, acrescentou.
Marina criticou propostas da campanha do PSL, que vieram a público com a fala do candidato a vice, general Hamilton Mourão (PRTB), criticando o pagamento do décimo terceiro salário, e a sugestão do assessor econômico de Bolsonaro, Paulo Guedes, favorável à criação de um imposto nos moldes da CPMF.
“Ou seja, tirar dinheiro dos trabalhadores que já ganham tão pouco, num país com 13 milhões de desempregados, quatro milhões que já desistiram de procurar empregos e uma grande quantidade que tá vivendo do bico, na viração”, sublinhou.
A candidata da Rede disse ainda que as campanhas do PSL e do PT representam “dois projetos autoritários”. “Aqueles que têm saudosismo da ditadura e que não respeitam a Constituição e aqueles que fraudaram a eleição em 2014, como foi o caso da candidatura da Dilma e do Temer pelo uso da corrupção”, apontou.
O candidato do Patriota, Cabo Daciolo, repetiu o discurso que mistura política e religião, prometeu que se eleito deverá “adorar a Deus” durante os primeiros sete dias de governo e disparou para todos os lados. O presidenciável criticou o petista Fernando Haddad e o peemedebista Henrique Meirelles.
“Temos que identificar os culpados. Meirelles e Haddad. PT e PMDB. Afundaram o país e botaram o país nessa lama. Infraestrutura, saneamento básico, 50% do país não tem saneamento”, afirmou.