O ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou “nos mais fortes termos” os ataques que Israel está realizando contra Beirute, que também ameaçam a comunidade brasileira no Líbano, e pediu que os civis possam deixar as regiões bombardeadas.
O Itamaraty disse acompanhar “com preocupação e atenção o impacto do conflito para a comunidade. Reitera-se a recomendação aos brasileiros para deixarem a área conflagrada”.
As bombas de Israel mataram, somente na terça-feira (23), 492 pessoas, deixando outras 1.600 feridas. Na última semana, Israel realizou ataques terroristas com explosivos escondidos dentro de dispositivos eletrônicos.
“O governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis em Beirute, no Sul do Líbano e no vale do Beqaa, que, somente hoje, dia 23, causaram ao menos 492 mortes e deixaram mais de 1600 feridos”, disse o Itamaraty em nota.
“Também deplora declarações de autoridades israelenses em favor de operações militares e da ocupação de parte do território libanês e expressa grave preocupação ante exortações do governo israelense para que civis libaneses evacuem suas residências naquelas regiões”, continuou o governo brasileiro.
“O Brasil renova o apelo às partes envolvidas para que cessem, imediatamente, os ataques, de forma a interromper a preocupante escalada de tensões, que ameaça conduzir a região a conflito de amplas proporções, com severo impacto negativo sobre populações civis”, apontou.
Ao mesmo tempo, Israel continua a bombardear e varrer da Faixa de Gaza o povo palestino. Em menos de um ano de guerra, Israel assassinou mais de 41 mil palestinos.
O presidente Lula disse, na abertura da Assembleia-Geral da ONU, que Israel está cometendo “punição coletiva de todo o povo palestino”. “O direito de defesa transformou-se no direito de vingança, que impede um acordo para a liberação de reféns e adia o cessar-fogo”.