O Indicador de Inadimplência da Pessoa Jurídica, em agosto deste ano, registrou um aumento de 9%, ante ao mesmo período de 2017. Na região Sudeste o indicador apresentou a maior alta, em relação às demais regiões do país, com uma subida de 16,31%. Na região Sul o aumento foi de 4,4%, no Centro Oeste de 3,2% e no Nordeste de 3,1%. Em menor grau a região Norte teve uma variação de mais 1,9% na inadimplência.
Os números, divulgados na sexta-feira (28), pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), indicam conforme as próprias entidades que “o volume de empresas com contas em atraso e incluídas nos cadastros de inadimplentes continua crescendo a taxas elevadas.”
Agosto acumula alta variação pelo quarto mês seguido. Em julho o indicador teve uma alta de 9,38%. Em junho, o crescimento havia sido de 9,41% e em maio, de 9,37%, sempre na comparação com o mesmo mês de 2017. Para José Cesar da Costa, presidente da CNDL ainda, vivemos o reflexo da situação de dificuldades econômica.
Os números desmentem a comunicação oficial do governo acompanhado de certos analistas, quanto à recuperação da economia, baseados em pífias variações positivas, aqui ou acolá.
Além da análise das variações em percentuais, alguns números absolutos impressionam. Dados disponíveis, no caso da Serasa Experian, informam que em junho de 2018 registrou 5,1 milhões de micro e pequenas empresas (MPEs) inadimplentes no Brasil. É mais um recorde histórico desde março de 2016, quando teve início a série. A febre do chamado empreendedorismo como solução para tirar o país da crise, também, não passa no crivo da realidade.