No acumulado do ano até agosto, são 1,72 milhão de postos de trabalho
Em agosto deste ano, o Brasil criou 232.513 vagas de trabalho com carteira assinada. Esse resultado
decorreu de 2.231.410 admissões e de 1.998.897 desligamentos, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregado (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta sexta-feira (27).
O resultado representa uma alta de 5,8% em relação a criação de postos em agosto do ano passado (219,7 mil empregos). Em relação a julho deste ano (190.619 postos), alta de 22%.
No acumulado do ano de janeiro a agosto, foram criados 1.726.489 postos formais, sendo uma alta de 24% na comparação com o mesmo período do ano passado (1,39 milhão de vagas).
De acordo com a pasta, os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldo positivos em agosto: Serviços (118.364 postos), Indústria (51.634 postos), um resultado puxado principalmente pela Indústria de Transformação (50.915 postos), Comércio (47.761 novos empregos), Construção Civil (13.372 postos), e a Agropecuária (1.401 novos empregos).
Em agosto de 2024, o estoque total recuperado para o CAGED foi de 47.243.764 postos de trabalho. Destes, 5.471.199 podem ser considerados não típicos (os trabalhadores aprendizes, intermitentes, temporários, contratados por CAEPF (Cadastro de Atividades Econômicas da Pessoa Física) e com carga horária de até 30 horas.
No acumulado do ano, o setor de serviços (916.369 postos) foi a atividade econômica com a maior geração de empregos, seguido pela Indústria (343.924 postos). A Construção Civil gerou 213.643 empregos, o Comércio, 169.868, e a Agropecuária, 82.732 empregos formais.
Na avaliação do ministro do Trabalho e Emprego em exercício, Francisco Macena, a geração de novos empregos com carteira assinada no Brasil segue evoluindo em 2024, “apesar do Banco Central (BC), daquele povo ensimesmado que ainda trabalha na nossa opinião uma perspectiva contrária ao desenvolvimento econômico do país”, criticou.
Para Macena, ao elevar o nível da Selic (taxa básica de juros da economia), de 10,5% para 10,75%, o BC está “aumentando o custo da dívida pública, não incentivando investimento na indústria e na economia”, criticou o ministro em exercício, ao ressaltar que na contramão do BC “tem uma reação muito grande de todos os setores econômicos numa perspectiva de buscar o maior desenvolvimento” do país.
“Ficamos atentos e preocupados com o movimento que é feito pelo Banco Central, e, principalmente, com o que a gente presencia pela imprensa, de alguns analistas do mercado, que ficam apontando o emprego e o aumento da renda como fatores que pressionam o consumo e a inflação”, declarou Macena, ao ressaltar que “a preocupação deles não é com o Brasil”.
De acordo com o MTE, todas as 27 unidades de federação do país registraram saldos positivos no oitavo mês deste ano, com destaque para o Rio Grande do Sul, que após as graves enchentes que devastaram diversas cidades do estado, já registra resultados positivos pelo segundo mês consecutivo em agosto, com criação de 10.413 vagas formais.
As UFs com os maiores saldos positivos foram: São Paulo, com 60.770 postos (+0,42%); Rio de Janeiro, que gerou 18.600 postos (+0,48%); e Pernambuco, com 18.112 postos (+1,22%).
A pasta informou ainda que o salário médio de admissão foi de R$ 2.156,86 em agosto deste ano, sendo uma queda real (descontada a inflação) em relação ao valor de julho de 2024 (R$ 2.164,40). Frente a agosto do ano passado (R$ 2.119,39), houve crescimento no salário médio de admissão.