Sindicatos e organizações populares da Espanha realizaram uma greve de 24 horas em solidariedade com a Palestina. Na sexta-feira passada, dia 27, exigiram do governo espanhol medidas firmes contra o genocídio em Gaza e Cisjordânia
A greve intitulada “Contra o genocídio e a ocupação na Palestina” reuniu mais de 200 sindicatos, organizações populares e uniões de estudantes universitários. Manifestações em Madri, capital da Espanha, Barcelona e Bilbao pediram que o governo da Espanha corte todos os laços com Israel para prevenir qualquer conivência com o genocídio em Gaza, bem como a interrupção de qualquer ligação comercial e militar com o governo israelense, denunciando que os ataques de Israel a Gaza se tornaram “intoleráveis”.
“Organizamos esta greve de amplo apoio para responder às demandas dos trabalhadores palestinos”, afirmou Carmen Arnaiz, secretária de atividades sociais da Confederação Geral do Trabalho (CGT).
“A mensagem que queremos enviar ao governo espanhol e ao mundo é cortar todas as relações com Israel,” completou Arnaiz, que também condenou Israel por sua “total violação do direito internacional e dos direitos humanos”.
Arnaiz defendeu o embargo de armas para Israel e, ao invés de recursos para o agressor, pleitearam mais investimento em saúde, educação e serviços sociais para a população espanhola. Ela também criticou a perseguição contra manifestantes pró-Palestina, nos Estados Unidos, Itália, Alemanha, França e Reino Unido – uma postura fascista, para a sindicalista.
“É necessário evitar que a morte de civis, incluindo milhares de mulheres e crianças, entre em um círculo vicioso, como se fosse normal.”
De acordo com as autoridades de saúde de Gaza, cerca de 42.000 pessoas foram mortas e mais de 96.000 estão feridos em Gaza pela chacina perpetrada por Israel. Mais de dois milhões de pessoas em Gaza estão desabrigadas, sob sério risco de fome, falta de água potável e com um sistema de saúde destruído.