Na última segunda-feira (30), um grupo de artistas, juristas, jornalistas, escritores e empresários assinou um manifesto em apoio ao candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL). O viés do documento aponta para o voto útil em Boulos, com o objetivo de evitar que o segundo turno nas eleições para a Prefeitura de São Paulo seja disputado por dois candidatos bolsonaristas.
O documento conta com a assinatura de importantes figuras da cultura, ciência, esporte, empresariado e jornalismo, que se uniram em um manifesto alertando para os riscos da ascensão do bolsonarismo nas urnas. Intitulado “Manifesto em Defesa da Democracia”, o texto foi assinado por artistas, acadêmicos e intelectuais como Fernando Meirelles, Arnaldo Antunes, Lilia Schwarcz, Milton Hatoum e Raí, entre outros.
O manifesto afirma que a frente ampla “que impediu [Jair] Bolsonaro de permanecer no poder [ao derrotá-lo nas eleições de 2022] precisa se levantar novamente para evitar que este segundo turno de consagração do bolsonarismo aconteça”.
“A situação de São Paulo, a maior cidade do país, é especialmente preocupante, pois estamos diante do risco de dois candidatos bolsonaristas passarem ao segundo turno: Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB)”, diz a carta aberta.
“Um resultado como esse representaria a consagração, pelo voto popular, da violência política, da defesa da tortura, do negacionismo científico, da destruição de direitos, do descaso com os mais pobres, do desprezo pela cultura, pelas minorias e pela democracia, além do vasto programa de destruição do meio ambiente”, continua o texto.
Diante desse cenário, com empate técnico entre três candidatos, o manifesto faz um apelo claro pelo apoio ao candidato Guilherme Boulos, do PSOL. Embora reconheça que algumas pessoas entre os signatários tenham preferência por outras candidaturas, o texto sublinha que, nas circunstâncias atuais, Boulos é o único nome capaz de impedir o avanço de um segundo turno dominado por candidatos bolsonaristas.
O objetivo dos signatários é atrair votos de candidaturas minoritárias para garantir a passagem de Boulos ao segundo turno. Três pesquisas divulgadas na segunda-feira (30) apresentam diferentes cenários sobre as intenções de votos dos primeiros colocados na disputa.
No levantamento da Real Time Big Data/TV Record, há empate técnico entre os candidatos: Nunes aparece com 26%, Boulos tem 25% e Marçal soma 23%. Já na pesquisa Atlas Intel, quem lidera é Boulos, com 29,4%, seguido por Marçal, com 25,4%, e Nunes, com 22,9%. Por fim, a pesquisa Quaest, encomendada pela TV Globo, reafirma o triplo empate entre Nunes (24%), Boulos (23%) e Marçal (21%), com margem de erro de dois pontos percentuais.
Veja o documento na íntegra:
“Em poucos dias, iremos às urnas definir o futuro das nossas cidades. Serão as primeiras eleições após o Brasil ter vivido uma das jornadas democráticas mais importantes de sua história: a construção de uma ampla frente em defesa da democracia nas eleições presidenciais de 2022.
“A vitória foi grande, mas não definitiva. O bolsonarismo se reorganizou e continua ativo, sem recuar um milímetro em seu programa, cujo cerne é destruir os direitos mais básicos da república brasileira.
“Neste exato momento, bolsonaristas de todo o país se articulam para transformar o próximo domingo em um momento de virada, que elegeria candidatos bolsonaristas em muitas capitais do país. Esse bloco antidemocrático tem dois objetivos: dar uma grande demonstração de força e colocar as máquinas de muitas prefeituras importantes a serviço da candidatura presidencial do bolsonarismo em 2026.
“A situação de São Paulo — a maior cidade do país — é especialmente preocupante, pois estamos diante do risco de dois candidatos bolsonaristas passarem ao segundo turno: Pablo Marçal e Ricardo Nunes. Um resultado como esse representaria a consagração, pelo voto popular, da violência política, da defesa da tortura, do negacionismo científico, da destruição de direitos, do descaso com os mais pobres, do desprezo pela cultura, pelas minorias e pela democracia, além do vasto programa de destruição do meio ambiente.
“A frente ampla que impediu Bolsonaro de permanecer no poder precisa se levantar novamente para evitar que este segundo turno de consagração do bolsonarismo aconteça.
“Quando olhamos para as pesquisas, fica evidente que o candidato que reúne as melhores condições de evitar o desfecho trágico de um segundo turno entre dois bolsonaristas é Guilherme Boulos. Parte dos signatários deste manifesto tem preferência por outras candidaturas e só votaria em Boulos no segundo turno, mas reconhece que estamos diante de um risco que o país não pode correr.
“Diante disso, fazemos um chamado a todas as pessoas comprometidas com a empatia, a democracia, a humanidade e o futuro para que votemos, já neste domingo, em Guilherme Boulos.”
Entre os signatários do manifesto, destacam-se:
- Alexandre Martins Fontes, editor e livreiro
- André Abujamra, artista
- André Singer, professor e jornalista
- Arnaldo Antunes, artista
- Arrigo Barnabé, artista
- Beatriz Bracher, artista
- Bernardo Carvalho, escritor
- Bob Wolfenson, artista
- Carla Camuratti, artista
- Celso Antonio Bandeira de Mello, jurista
- Celso Rocha de Barros, sociólogo
- Chico Buarque, artista
- Denise Fraga, artista
- Eugênio Bucci, jornalista
- Fernanda Diamant, jornalista
- Fernando Limongi, cientista político
- Fernando Meirelles, artista
- Ivo Herzog, engenheiro
- José de Abreu, artista
- José Miguel Wisnik, artista
- Juca Kfouri, jornalista
- Laerte, artista
- Leticia Sabatela, artista
- Lilia Schwarcz, antropóloga e professora
- Luiz Schwarcz, escritor
- Maria Cristina Mendonça de Barros, professora
- Mariana Moreau, artista
- Marilena Chauí, filósofa
- Milton Hatoum, escritor e professor
- Nando Reis, artista
- Raí, ex-jogador de futebol
- Renato Janine Ribeiro, professor e cientista político
- Roberto Schwarz, professor
- Sidarta Ribeiro, neurocientista e escritor
- Tereza Cristina, artista
- Zeca Baleiro, artista
- Zeca Camargo, apresentador e jornalista
Certamente estes grupos chamados de intelectuais faltaram na aula de historia. Não sabem o que se passa na Venezuela, onde o PT e Psol colocaran o Hugo Chaves e Maduro no poder. Como a Venezuela Não é um Socialismo, o Brasil também não é uma democracia.
Quer dizer que foram o PT e o Psol que colocaram o Hugo Chavez e o Maduro no poder? E, depois, são os intelectuais que faltaram à aula de história… Toma vergonha, rapaz. Deixa de dizer besteira, que isso é muito, mas muito feio. Por sinal, a democracia no Brasil pode não ser perfeita, mas é suficiente para você dizer essas imbecilidades sem ser preso. Não é suficiente? É até demais.