Nessa 1ª operação, 220 cidadãos aguardam retorno ao Brasil. Avião da FAB (Força Aérea Brasileira) aguarda em Lisboa (Portugal) o melhor momento para cumprir a missão designada pelo governo Lula (PT)
A Operação Raízes de Cedro, a primeira que vai repatriar brasileiros que estão no Líbano, foi adiada. Inicialmente, a volta de 220 cidadãos começaria, nesta sexta-feira (4). Todavia, por falta de segurança para transportar essas pessoas até o aeroporto, a operação não ocorrerá.
Libanês radicado no Brasil, em São Paulo, em entrevista, nesta sexta-feira, informou que a namorada dele está no Líbano aguardando para voltar ao País. Mas ela disse, pelo telefone ao namorado, que não é seguro trafegar até o aeroporto de Beirute.
O motivo é um só: as Forças de Segurança de Israel atacam indiscriminadamente civis no país. Daí o trajeto para se deslocar de onde estão minimamente protegidos não oferece segurança.
“Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje”, informou por meio de nota o MRE (Ministério das Relações Exteriores) do Brasil.
“Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia”, acrescentou.
ISRAEL INTENSIFICA ATAQUES
Israel aumentou a intensidade dos ataques contra o Líbano nas duas últimas semanas e, mais recentemente, na invasão por terra do território sul libanês.
Diante da escalada do governo de Israel no Líbano, o governo Lula (PT) anunciou o início de operação de repatriação, nos moldes do que ocorreu após os conflitos entre o Hamas e Israel em outubro do ano passado, na Faixa de Gaza, na Palestina.
Na ocasião, mais de 1.400 pessoas foram repatriadas de Israel, da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
3 MIL BRASILEIROS QUEREM VOLTAR AO BRASIL
Segundo o chanceler Mauro Vieira, atualmente, cerca de 21 mil brasileiros vivem no Líbano, além de cidadãos que estão em visita ao país.
O Itamaraty informou, nesta semana, que pelo menos 3 mil brasileiros já preencheram formulários de interesse para entrar na fila de resgate.
Segundo o ministro, o levantamento sobre a comunidade brasileira em território libanês tem sido feito desde outubro do ano passado, mês em que o Hamas atacou Israel e desencadeou a guerra atual, e que desde agosto há sondagens sobre os interessados em deixar o Líbano.