Os advogados da União realizaram uma manifestação em Brasília, na quarta-feira (2), por recomposição salarial e pela valorização da carreira.
A categoria, liderada pela Associação Nacional dos Advogados da União (Anauni), protestou durante o 2º Encontro Nacional da Procuradoria-Geral da União (PGU), denunciando que está sem reajuste desde 2015.
O ato continuou na parte da tarde em frente ao Edifício Sede I da Advocacia-Geral da União (AGU), no Setor de Autarquias Sul.
De acordo com a Anauni, a categoria enfrenta perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos, além de tratamento desigual em relação a outras carreiras do sistema de Justiça, que segundo a entidade, possuem mais privilégios.
A entidade também cobra a definição da remuneração em lei própria, “conforme previsto no artigo 26 da Lei Complementar 73/93, autonomia orçamentária e administrativa da AGU, regulamentação da carreira administrativa e adicional por acúmulo de acervo”.
A mobilização também visa pressionar o governo a esgotar as listas de aprovados nos concursos para Advogado da União, Procurador Federal e Procurador da Fazenda Nacional.
“A última reunião com o Ministério da Gestão e Inovação ocorreu em junho e, desde então, não tivemos avanço. Nossa defasagem é grande em relação a outras carreiras jurídicas e, por isso, estamos aqui, lembrando ao governo a importância da nossa atuação”, afirmou o presidente da Anauni, Clóvis Andrade.
Ele lembrou a importância da categoria, ressaltando que “nenhuma política pública sai do papel sem a participação da AGU, cuja função é essencial para a implementação de medidas governamentais”.
Como também afirmou o vice-presidente da entidade, Tobias Morato, “a AGU é responsável por defender o Estado em todas as suas ações judiciais e extrajudiciais. Nossa valorização não é apenas uma questão salarial, mas de reconhecimento da nossa importância para a democracia e para a defesa dos interesses da União”.