Na última quinta-feira (3) ocorreu entre candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro promovido pela TV Globo, marcado por embates e propostas sobre temas como segurança, saúde e educação.
Mediado pela apresentadora Ana Paula Araújo, o debate reuniu os candidatos Alexandre Ramagem (PL), Eduardo Paes (PSD), Marcelo Queiroz (PP), Rodrigo Amorim (União Brasil) e Tarcísio Motta (PSOL).
Isolado à frente nas pesquisas, Paes foi alvo de todos os outros candidatos,mesmo quando as perguntas não envolviam o atual prefeito. Em uma das questões, Paes foi questionado por Queiroz sobre a saúde carioca.
“Eu diria que tem muita coisa pra consertar, mas você disse aí da média de espera da fila do SISREG, ela é metade do que o seu prefeito, quando você era o secretário dele, além de você e a sua vice eram secretários do ex-prefeito Crivella, deixou o dobro de tempo de espera para qualquer especialidade. Com aquilo que nós avançamos, aliás, tinham acabado as clínicas da família, a gente tinha uns 70% de cobertura, baixamos pra menos de 40%, chegamos agora a quase 80%, 79% de cobertura de saúde da família com o Super Centro Carioca. É claro que tem problemas da rede, eu disse aqui, abastecimento de medicamentos nas clínicas, eu já tô de olho nisso, né, porque eu mais do que fazia campanha, eu tô trabalhando como prefeito para que as coisas da cidade possam continuar avançando”, disse Paes.
Dessa mesma forma, Paes perguntou como Queiroz vai lidar com as outras esferas governamentais. Queiroz disse que, em sua trajetória, sempre buscou parcerias. Paes aproveitou para criticar Cláudio Castro e associar outros candidatos com ele. Na sequência, Queiroz criticou a polarização da campanha, a administração Paes e o que considera excesso de secretarias na atual gestão.
Amorim partiu para cima de Paes ao mencionar a Farra dos Guardanapos, episódio envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral em Paris, e a Operação Lava-Jato. Em resposta, o prefeito lembrou que adversários acabaram presos, e ele não.
“Disputei nesse mesmo estúdio a eleição contra quatro candidatos: (Wilson) Witzel, Garotinho, Pedro Fernandes e Índio da Costa. Todos eles me acusaram de ser sócio do Cabral, parceiro do Cabral, que eu ia ser preso, isso e aquilo. Sabe o que aconteceu? Todos eles, inclusive o Witzel, com quem ele (Amorim) andava coladinho, foram presos”, disse em referência às eleições de 2018.
Eduardo Paes disse em suas considerações finais que seu governo teve melhora na saúde, com medicamentos e clínicas da família e na educação, prometendo 70% de crianças com ensino em tempo integral. Também prometeu melhorias nas linhas regulares de ônibus.
A última pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (3) coloca Paes com chances de vencer em primeiro turno. De acordo com o levantamento, ele tem 54% das intenções de votos, ante 22% de Ramagem. Quando considerados apenas os votos válidos, descontando os brancos e nulos, Paes sobe a 63%. Para vencer no primeiro turno, o candidato precisa ter mais de 50% dos votos válidos.