Numa eleição apertada, o apoio de Lula na reta final fortaleceu a candidatura do Psol e levou a disputa com Nunes para o segundo turno. O candidato do fascismo, depois de cometer um crime atrás de outro, ficou em terceiro
O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) vai disputar o segundo turno da eleição da cidade de São Paulo com o deputado Guilherme Boulos (Psol). Com 99,8% dos votos apurados, Nunes obteve 1.793.199 votos no primeiro turno e foi seguido muito de perto por Guilherme Boulos, que obteve 1.766.892 votos. Pablo Marçal, do PRTB, ficou em terceiro e está fora da disputa do segundo turno, depois de tumultuar bastante a primeira fase do pleito.
A deputada federal Tábata Amaral (PSB) ficou em quarto lugar com 601.118 votos, seguida pelo jornalista José Luiz Datena, do PSDB, por Maria Helena, do Novo, Ricardo Senese, do UP, Altino Prazeres, do PSTU, João Pimenta, do PCO e Bebeto Haddad, da DC. O resultado confirmou as pesquisas que apontavam para um quadro de eleição bastante apertada.
No próximo dia 27 de outubro, os eleitores vão às urnas no segundo turno para escolher entre Boulos, candidato apoiado pelo presidente Lula (PT), e Nunes, apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. “Agora são dois caminhos: quem quer que a cidade fique como está, concorda com o Nunes. Quem quer mudança, vem comigo e com Marta”, disse Guilherme Boulos ao final da apuração.
No sábado o deputado Guilherme Boulos encerrou sua campanha com um grande caminhada, realizada juntamente com sua vice, Marta Suplicy, e com a presença do presidente Lula, na Avenida Paulista, no centro da capital. Milhares de pessoas participaram da caminhada e Boulos cresceu nos últimos nas pesquisas eleitorais. Naquela mesma ocasião, Boulos foi obrigado a desmascarar mais uma atitude criminosa vinda de Marçal e sua gangue ao tentar envolver seu nome com uso de drogas.
Na véspera da eleição, o ex-presidiário da extrema direita, que saiu candidato pelo PRTB, partido acusado de estar envolvido com a facção criminosa PCC, cometeu mais um crime, ao divulgar um laudo toxicológico falsificado contra o deputado Guilherme Boulos.
Imediatamente o documento foi denunciado como forjado e a Polícia Civil de São Paulo atestou tratar-se de um documento falsificado. O govenador Tarcísio de Freitas disse que ele deveria ser preso. O deputado Guilherme Boulos entrou no mesmo dia com uma representação e pediu a prisão de Marçal.
Durante toda a campanha, o prefeito Ricardo Nunes disputou com Pablo Marçal o apoio do bolsonarismo na capital. Mesmo com o apoio formal de Jair Bolsonaro e sua família, Ricardo Nunes teve muita dificuldade em manter os votos da base bolsonarista de São Paulo. Já Guilherme Boulos recebeu o reforço do apoio do presidente Lula e conseguiu ir para o segundo turno, tendo crescido bastante na reta final da campanha.