“Nenhuma nova base militar será erguida em Okinawa”, afirmou o líder oposicionista Denny Tamaki, ex-parlamentar da Câmara de Deputados do Japão, ao vencer, no último domingo, a eleição para governador.
Tendo como mote de sua campanha a retirada da base dos marines e a transformação da região em um centro asiático de cultura e tecnologia como forma de impulsionar a economia, Tamaki bateu o candidato do primeiro-ministro Abe, o ex-prefeito Atsushi Sakima, completamente submisso aos estadunidenses.
A prefeitura de Okinawa ocupa apenas 0,6% do território do país, mas nela se encontram 74% das instalações militares dos EUA, estando estacionados na ilha 25.800 militares norte-americanos, além de 19.000 familiares e outros civis.
Após agradecer o apoio da população, o novo governador destacou que espera que os avanços econômicos demonstrem ao governo japonês que existe outro caminho a seguir e reiterou que não irá quebrar em nenhum momento o compromisso assumido com seus eleitores de impedir, a todo custo, a construção de uma nova base estadunidense.
As tensões contra a ocupação dos Estados Unidos na região tiveram início em 1995 quando um jato norte-americano caiu nas vizinhanças de Ginowan, causando a morte de 17 moradores, sendo 11 crianças em idade escolar. Outro motivo de tensão da população em relação à ocupação militar norte-americana é a ocorrência de casos de estupro de mulheres cometidos pelos soldados.