Advogado-geral da União, Jorge Messias, declarou que “é urgente pensarmos em uma legislação federal que proteja os interesses nacionais de indevidas interferências externas”
O advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou que a compra de 36 caças suecos Gripen pelo Brasil já foi investigada, concluindo pela “inexistência de irregularidades”, e que “chama a atenção” os Estados Unidos quererem voltar ao caso.
Para o AGU, “numa época de crescentes tensões, é urgente pensarmos em uma legislação federal que proteja os interesses nacionais de indevidas interferências externas”.
“Chama a atenção a possível abertura de procedimento investigatório sobre fato extemporâneo, já investigado por autoridades dos dois países em questão (Brasil e Suécia), resultando na conclusão de inexistência de irregularidades”, publicou Jorge Messias em suas redes sociais.
“Não podemos deixar que, mais uma vez, a justa e necessária luta contra a corrupção sirva de pretexto para o desmonte de políticas de desenvolvimento nacional e para o avanço de interesses escusos, sob a enganosa prática do lawfare”, continuou.
Numa época de crescentes tensões, é urgente pensarmos em uma legislação federal que proteja os interesses nacionais de indevidas interferências externas. Chama a atenção a possível abertura de procedimento investigatório sobre fato extemporâneo, já investigado por autoridades dos…
— Jorge Messias (@jorgemessiasagu) October 12, 2024
A compra dos caças Gripen foi assinada em 2014, mas só agora o Departamento de Justiça dos Estados Unidos resolveu se intrometer no assunto pedindo informações para uma subsidiária da empresa sueca envolvida na transação.
O presidente Lula criticou, na sexta-feira (11), a intromissão “descabida”. “Eu acho que um pedido de informações dos Estados Unidos é intromissão dos EUA em uma coisa de outro país”, falou.
“Os americanos não gostaram quando eu disse que ia comprar o Rafale, queriam que eu comprasse os aviões deles. E certamente não gostaram quando a Dilma comprou o sueco”, comentou.
Jorge Messias escreveu ainda que “estamos alertas, ainda mais quando empresa brasileira, verdadeira jóia de nosso povo, foi alvo recente de acordos lesivos e práticas concorrenciais predatórias”.
“O Brasil segue disposto a ampliar a cooperação para o combate à corrupção com os parceiros que respeitem nossa soberania e nossas políticas de desenvolvimento”.
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