Países do Oeste Africano estão nacionalizando seus recursos naturais para a contrariedade de empresas multinacionais ocidentais que se acostumaram a superexplorar os países da região. Mali, Burkina Faso e Níger, varridos por uma onda anticolonial, formaram novos governos nacionalistas que recentemente formaram um bloco, a Aliança dos Estados do Sahel (AES), enfrentam mineradoras canadenses.
Nessa região, as empresas canadenses de mineração são as que mais lucram, extraindo bilhões de dólares, especialmente em ouro, explorando, ano após ano, três dos países mais pobres do mundo.
Os três países da AES exigiram a partida de forças militares dos EUA e França, após a tomada do poder por correntes militares que se declaram em oposição ao imperialismo como herança do colonialismo que assolou a África.
Depois de liberarem suas bases da presença estrangeira, estabeleceram pactos de defesa mútua e se aproximam da Rússia e China para fazer valer seu programa de industrialização com base da apropriação de suas riquezas naturais. Também planejam a criação de uma moeda comum entre os três países e a formação de um mercado conjunto.
No mês de setembro, o governo do Mali mandou prender quatro funcionários da empresa canadense de mineração de ouro, ‘Barrick Gold’, sob a acusação de cometerem crimes financeiros. Mali também está cobrando US$ 500 milhões em impostos pendentes da Barrick. O CEO da empresa, Mark Bristow, já expressou contrariedade com a crescente participação do governo do país em projetos de mineração. Uma lei aprovada em 2023 dá o direito do governo a até 20% de participação como impostos pela mineração em seu território e 35% de participação em novos projetos. O CEO questionou a competência do povo do Mali com mineração.
No início deste ano, o governo do Níger reestatizou suas reservas de água, que eram propriedade dos franceses, e revogou o direito de empresas de mineração francesas de operarem no país.
O governo de Burkina Faso reestatizou duas minas de propriedade de empresas britânicas e anunciou a revogação de permissões de empresas estrangeiras de mineração, com a intenção de aumentar a participação do país no controle de suas reservas de ouro.
“Sabemos como minerar nosso ouro”, disse Ibrahim Traoré, presidente interino de Burkina Faso, “e não entendo por que vamos deixar as multinacionais virem minerá-lo”.
Parece que a humanidade, esqueceu que todos os seus seres, são feitos de carne e osso, e todos tem etomagos e sentem fome, mas bem breve, Deus lhe dará algum castigo, antes de sua volta triunfal.
Parabéns aos governantes desses países africanos, chega de usurpação, chega de imperialismo em troca de fome, a África é dos africanos.