Em fato relevante anunciado na segunda-feira (1), a JBS informou que aderiu ao Programa de Regularização Tributária Rural, conhecido como Refis do Funrural, com débitos que totalizam R$ 2,4 bilhões, já descontados juros e multas.
De acordo com a empresa, atolada até o pescoço na Lava a Jato e em outras operações da Polícia Federal – e que teve Meirellles como presidente do Conselho de Administração de 2012 a 2016 -, a dívida com a União será paga da seguinte forma: R$ 123,7 milhões de entrada; R$ 369,8 milhões com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e base negativa de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; e o saldo remanescente de R$1,9 bilhão ao longo de 19 anos e 8 meses (em 236 parcelas mensais).
O Funrural é um imposto de contribuição previdenciária incidente sobre a venda da produção rural.
Entre 2002 e 2013, a J&F Participações foi contemplada com nada menos que R$ 12,8 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para suas empresas controladas: JBS S.A. (R$ 6,6 bilhões), Bertin S.A. (R$ 2,7 bilhões), Eldorado (R$ 2,8 bilhões), Bracol Holding Ltda (R$ 425,9 milhões) e Vigor (R$ 250,2 milhões).
Alavancado pelo dinheiro público, o grupo elevou seu faturamento de R$ 4 bilhões em 2006 para R$ 170 bilhões em 2016, um crescimento de mais de 4.000%.