“O povo libanês deve mostrar seu desejo de se levantar e se livrar do Hezbollah e retornar ao contexto que emergiu após o assassinato de Rafik Hariri, especialmente porque as circunstâncias regionais, internacionais e de campo estão a seu favor,” disse a embaixadora norte-americana no Líbano, Linda Johnson, ao instigar setores subservientes a Israel contra a Resistência à ocupação.
A carnificina israelense contra Gaza e o Líbano não parece saciar a sede por sangue do Império americano em sua cruzada por aprofuncar a dominação no Oriente Médio. À declaração acima, divulgada pelo jornal libanês “Al Khbar”, Linda Johnson acrescetou, em sua despudorada interferencia, que “”Israel não pode conseguir tudo por meio da guerra; é hora de você fazer sua parte e lançar uma revolta interna sob a bandeira de ‘Basta'”, reforçando que a diretriz do governo Biden, além de empanturrar Israel de armas e munição, é ajudar o regime de Netanyahu a varrer o Hezbollah (organização que cresceu na luta para expulsar o ocupante israelense do sul do Líbano sob o governo de Menachem Begin.
Linda Johnson expressou a vontade de Washington de dizimar a Resistência ao dizer que o Líbano deveria “se preparar para a era pós-Hezbollah”.
As declarações da embaixadora, publicadas pelo portal The Cradle, que informa as ter obtido de fontes libanesas, foram formuladas a um grupo de políticos do Líbano aos quais garantiu apoio norte-americano para “um levante”: “Do quê vocês parecem ter medo? O Hezbollah já foi derrotado, sua liderança destruída, e nós estamos com vocês e todo o mundo livre se coloca ao lado de vocês”.
A agressão israelense ao Líbano – que sucede ao genocídio já praticado em Gaza e se estende à Cisjordânia – já aproxima de 3.000 o número de libaneses mortos e de dois milhões o de deslocados da região sul do país, além da derrubada de prédios inteiros na capital Beirute.
De acordo com a fonte que vazou as informações, os americanos estão tentando fomentar divisão interna no Líbano, criando divisão entre cristãos e muçulmanos e suas várias vertentes dos dois grupos. Já houve uma guerra civil no Líbano entre os anos 70 e 90 que matou mais de 150 mil pessoas.
“Por que vocês parecem estar com medo? O Hezbollah foi derrotado, sua liderança foi destruída e estamos com você, e todo o mundo livre está ao seu lado.” teria dito a embaixadora para políticos libaneses.
A diplomacia americana está tentando incitar os grupos entreguistas no qual exerce influência contra a resistência libanesa do Hezbollah que até agora foi o único grupo no Líbano que faz resistência à invasão e ocupação israelense.
A embaixadora americana segundo o jornal estaria tentando forçar novas eleições no país querendo impor o General das Forças Armadas do Líbano, Joseph Aoun como presidente do país. “Ele (Aoun) nomeará um comandante forte para o Exército libanês, e apoiaremos o Exército na contenção de todos os apoiadores do Hezbollah. Você terá o apoio dos estados árabes e do Ocidente. Mas a hora de agir é agora.”
Os EUA junto com seus aliados árabes, mantém o Líbano empobrecido através de sanções e mesmo com a crise econômica de 2019 (que por causa da pandemia do coronavírus e as explosões do porto de Beirute em 2020 que mergulharam ainda mais o país em crise) foi negado o envio de alívio financeiro com intuito de enfraquecer economicamente e submeter o Líbano.
O massacre indiscriminado de civis contra o Líbano perpetrado por Israel, já matou mais de 2400 pessoas e deixou mais de 11.000 feridos, mais de 1.3 milhão de pessoas estão desalojadas por causa da invasão israelense no começo de outubro.