O assessor especial da Presidência e ex-embaixador, Celso Amorim, afirmou que o Brasil está buscando “sinergias” com a China e tem interesse em aprofundar as relações econômicas com o país.
Amorim esclareceu que o Brasil buscará participar da chamada “Nova Rota da Seda”, ou Cinturão e Rota, programa chinês para cooperação e investimentos em países em desenvolvimento, mas que para isso não é preciso assinar um “tratado”.
“Não é assinar embaixo, como uma apólice de seguro. Não estamos entrando em um tratado de adesão. É uma negociação de sinergias”, disse o secretário especial de Lula.
“A palavra-chave é sinergia”, reforçou.
“Eles [os chineses] falam sobre cinturão, mas não é uma questão de aderir. Eles dão os nomes que eles quiserem para o lado deles, mas o que interessa é que são projetos que o Brasil definiu e que serão aceitos ou não”, continuou, em entrevista ao jornal O Globo.
“A ideia é passar para outro patamar e isso faz parte de uma visão do Brasil, de ter suas relações diversificadas e não ficar dependendo de um único fornecedor, ou um único parceiro. A parceria não é só comprar e vender, mas investir com insumos feitos no Brasil, por exemplo”, acrescentou.
Celso Amorim esteve na China em outubro. Em novembro, o presidente chinês Xi Jinping virá ao Brasil para participar da reunião do G20.