“É uma tendência mundial ter uma jornada menor”, diz Alckmin sobre a PEC 6×1

Vice-presidente da República e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin. Foto: Júlio César da Silva - MDIC

O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, afirmou que a redução da jornada de trabalho “é uma tendência no mundo inteiro” e defendeu que o Congresso Nacional debata o tema.

Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) prevendo o fim da jornada 6×1, quando se trabalha seis dias para descansar somente um, foi apresentada pela deputada Erika Hilton (PSol-SP).

Questionado sobre a posição dos empresários acerca do fim da escala 6×1, Alckmin respondeu que “é uma tendência no mundo inteiro – à medida que a tecnologia avança e você pode fazer mais com menos pessoas – você ter uma jornada menor”.

Ele destacou que “isso ainda não foi discutido”. “Esse é um debate que cabe à sociedade e ao Parlamento”.

Na noite de segunda-feira (11), Erika Hilton informou que a PEC já contava com 134 das 171 assinaturas necessárias para começar a tramitar. Nas redes sociais, o tema tem sido amplamente debatido, sendo até o assunto mais comentado no Twitter.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), declarou apoio à tramitação da PEC e ao fim da escala 6×1. “Essa mudança é essencial para alinhar o Brasil às tendências globais de flexibilização do trabalho, promovendo mais qualidade de vida para os trabalhadores e suas famílias, além de gerar mais empregos”.

“A proposta reflete a necessidade de adaptação às novas realidades do mercado de trabalho e o reconhecimento das demandas por melhores condições de trabalho”, completou.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) elogiou o posicionamento de Alckmin e disse o vice-presidente está “na direção correta do debate sobre o fim da jornada 6 X 1”.

“Com o avanço tecnológico e o brutal incremento da produtividade, a redução da jornada de trabalho é tendência e uma necessidade mundial. Trabalhar menos para que todos trabalhem. Vida além do trabalho! Não à jornada 6 X 1!”, disse o parlamentar.

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