Elmar e Antonio Brito retiram candidaturas à Presidência da Câmara

Deputados Elmar Nascimento (União-BA) e Antonio Brito (PSD-BA). Fotos: Vinicius Loures - Mário Agra - Câmara dos Deputados
Com isso, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) torna-se candidato único

O líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), oficializou, na quarta-feira (13), que não vai disputar o comando da Casa.

O parlamentar também declarou que ele e o partido vão integrar a ampla aliança do candidato Hugo Motta (Republicanos-PB).

A desistência já era considerada certa há semanas, segundo bastidores do União Brasil.

Com esse apoio, o bloco do líder do Republicanos conta agora com 488 deputados, bem acima dos 257 votos necessários para vencer no primeiro turno.

As eleições para renovar as mesas diretoras da Câmara e Senado irão ocorrer em fevereiro de 2025, quando se reiniciam os trabalhos do Poder Legislativo.

CARGOS E ALIANÇAS ESTRATÉGICAS

O partido de Elmar havia decidido desde o fim de outubro apoiar Motta, com o objetivo de garantir espaços de liderança na Câmara. O anúncio oficial demorou porque a legenda ainda negociava os postos que ocupará a partir do próximo ano.

Nas últimas semanas, o líder do União Brasil e outros membros da cúpula do partido negociaram com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com Motta a definição dos cargos.

A expectativa é que o União Brasil comande a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), principal colegiado temático da Casa, e tenha a segunda secretaria da Mesa Diretora da Câmara. A sigla também buscava a relatoria do orçamento, porém o posto já estava comprometido ao MDB.

APOIOS ESTRATÉGICOS

Motta, apoiado oficialmente por Lira, conta com o respaldo de partidos, como PL (93 deputados), Federação PT/PCdoB/PV (80), PP (50), PSD (44), Republicanos (44), MDB (44), PDT (18), Federação PSDB/Cidadania (17), PSB (14), Podemos (14), Solidariedade (5), PRD (5) e Rede (1).

Até o momento, apenas PSol e Novo seguem sem integrar essa ampla aliança, que deve eleger Hugo Motta no primeiro turno.

ANTONIO BRITO

Ainda na quarta-feira, o líder do PSD, Antonio Brito (BA), também anunciou a desistência na corrida pela Presidência da Câmara e declarou apoio a Motta, fortalecendo ainda mais o favoritismo do paraibano.

Foi esse movimento que motivou integrantes do União Brasil a convencer Elmar a desistir da disputa para priorizar negociações estratégicas na Casa.

A decisão de Elmar e Brito fortaleceu o favoritismo de Motta e, praticamente, define o próximo comando da Câmara dos Deputados, em fevereiro de 2025.

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