“Por trás dessa ação nunca há só uma pessoa, há sempre um grupo, ou ideia de um grupo, com extremismos e radicalismos que levam ao cometimento dos crimes”, apontou Andrei Rodrigues em entrevista coletiva
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, anunciou em entrevista coletiva que a corporação está investigando a origem dos artefatos explosivos utilizados por Francisco Wanderley em seu atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira (13) de noite.
As bombas, segundo Andrei, eram de fabricação artesanal, mas tinham “alto grau de lesividade”.
“Eu tenho ressalvas com essa expressão ‘lobo solitário’, porque, ainda que a ação visível seja individual, por trás dessa ação nunca há só uma pessoa, há sempre um grupo, ou ideia de um grupo, com extremismos e radicalismos que levam ao cometimento dos crimes”, apontou o diretor da PF.
“A ação, de fato, foi individual, mas a investigação dirá se há outras conexões, redes, o que está por trás e impulsionou essa ação. Equipes estão em Brasília e em Santa Catarina”, continuou.
Além dos artefatos, o bolsonarista Francisco Wanderley carregava um extintor cheio de gasolina, o que poderia simular um lança-chamas. Isso “reitera a gravidade da situação que encontramos”, destacou Andrei Rodrigues.
Além das explosões que causou ao redor da Estátua da Justiça, em frente ao STF, Francisco deixou pronto uma estrutura com tijolos para lançar fogos de artifício contra a sede do Judiciário.
Ele ainda deixou estacionado próximo à Corte um trailer alugado há alguns meses. Para a PF, os indícios colhidos até agora mostram que Francisco planejou este atentado por alguns meses.
A ex-esposa do terrorista, Daiane, relatou à Polícia Federal que ele planejou o ataque ao longo de meses e “queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado”.