Senador pelo Amapá desde 2011, Randolfe Rodrigues (Rede) foi reeleito com mais de 260 mil votos, representando 37,96% dos votos válidos do estado. De acordo com ele “agora a responsabilidade triplica”.
Quando eleito pela primeira vez, Randolfe foi a liderança mais bem votada da história do estado, com cerca de 200 mil votos. Durante seu mandato, manteve postura exemplar contra a retirada de direitos dos trabalhadores brasileiros: votou contra a reforma Trabalhista e contra a Lei da Terceirização e tem lutado pela revogação de ambas.
No domingo, logo após a apuração, Rodrigues fez uma transmissão ao vivo agradecendo aos votos. “Eu não tenho palavras para agradecer os amapaenses que do Oiapoque ao Laranjal do Jarí me receberam em suas casas”. “Eu tenho a responsabilidade, agora, de lutar ainda mais contra as injustiças, contra o principal problema que existe no meu estado e no Brasil, que é a desigualdade. Cada vez mais construirei um mandato a serviço dos trabalhadores, dos oprimidos”, continuou.
O senador discursou também sobre o segundo turno presidencial que ocorrerá. Para ele, a democracia é um valor universal e que não pode ser ameaçado. “Vou continuar lutando e defendendo a democracia. Este direito, de votar, de ter liberdades individuais, de expressão, é um direito que foi conquistado a duras penas por nós brasileiros. Existiu um tempo em que este direito não existia. A democracia é sempre o melhor dos regimes políticos e por isso, em especial neste segundo turno, eu estarei nas trincheiras defendendo a democracia”.
Para Randolfe, sua reeleição é o reconhecimento de seu trabalho, visto que a renovação do senado foi altíssima. “Acho que no processo legislativo não tem mudança, tem mudança na configuração política. O povo brasileiro ontem deu um recado claro, a atual legislatura da Câmara e do Senado pagou um preço caro por ter traído a confiança do povo em muitos momentos, por ter tentado inibir a atuação da Operação Lava-Jato, por tentarem aprovar projetos que protegem políticos e acobertam a corrupção, por terem votado uma série de coisas contra os trabalhadores, como a reforma Trabalhista”, disse em entrevista à TV Senado.
“A minha atuação política será pautada pelo combate à corrupção, pela luta contra a desigualdade e pela defesa da democracia”, concluiu.
A coligação que lançou Randolfe ao Senado elegeu três deputados federais e obteve 25% dos votos válidos para o candidato a governador Davi, mas estes não foram suficientes para que fosse ao segundo turno. A candidata mais bem votada do Partido Pátria Livre, que compôs a coligação, foi Anne Marques, que obteve 2.131 votos.
A segunda vaga do senado por Amapá foi preenchida por Lucas Barreto, do PTB, que obteve 128 mil votos, cerca de 18% dos votos válidos.09