O Fundo Monetário Internacional (FMI) impôs – e Maurício Macri aceitou – a entrega de campos de petróleo sob o mar argentino, como uma das condições para que a Argentina se endividasse mais ainda, perante o fundo. Depois de aumentar o valor do acordo assinado em junho, que passou de US$ 50 bilhões para US$ 57,1 bilhões, ele se comprometeu a atingir déficit fiscal zero em 2019, com um orçamento que prevê drásticos cortes de investimentos nas questões centrais para o país como educação, saúde, transportes e segurança.
Um dos poços que o governo entregou é a Bacia Malvinas Oeste, ao lado das Ilhas Malvinas, crucial na disputa pela soberania das mesmas. São 38 áreas localizadas em três bacias no Mar Argentino, num total de 200.841 quilômetros quadrados, o que equivale a 3,1% da Plataforma Continental, um tamanho equivalente a 65% da superfície da província de Buenos Aires, que é a maior e mais populosa das 23 províncias da Argentina, com uma extensão territorial de 307.571 km², ou aproximadamente o tamanho da Itália.
Agora, com publicação no Boletim Oficial, convoca-se empresas a Concurso Público Internacional para sua exploração.
O ministro de Energia, Javier Iguacel, sem nenhum constrangimento, declarou que priorizou a indústria petroleira dos Estados Unidos na convocatória ao Concurso para a atividade de prospecção, perfuração e exploração petrolífera ao largo da costa argentina.
S.L.
É verdade que a Lei de Responsabilidade Fiscal foi imposta pelo FMI?
Não tenha dúvida. Foi uma recomendação explícita, na “carta de intenções” com o FMI que os tucanos assinaram.