Países da União Europeia devem se comprometer com ordem de prisão contra Netanyahu, diz Chancelaria  

Peter Stano, chefe da Chancelaria da União Europeia (Armenpress)

Todos os Estados membros da União Europeia (UE) devem executar os mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelense, Netanyahu, e seu ex-ministro de assuntos de guerra, Yoav Gallant, afirma porta-voz para Assuntos Externos da UE, Peter Stano

Todos os Estados membros da União Europeia (UE) devem executar os mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelense, Netanyahu, e seu ex-ministro de assuntos de guerra, Yoav Gallant afirma porta-voz para Assuntos Externos da UE, Peter Stano

Referindo-se aos mandados de prisão de Netanyahu e Gallant, Peter Stano escreveu que a UE está “firmemente empenhada na justiça penal internacional e na luta contra a impunidade”, em declaração da Chancelaria da União Europeia divulgada na quinta-feira (28).

Da mesma forma, reiterou que “o bloco apoia o TPI e os princípios estabelecidos no Estatuto de Roma, que fundou o tribunal, bem como a independência e a imparcialidade” e acrescentou que “o mandato do TPI é processar os crimes mais graves de acordo com o direito internacional”.

Portanto, “todos os Estados-Membros da UE têm a obrigação de executar os mandados de detenção emitidos pelo Tribunal Penal Internacional”, sublinhou Stano.

Em 21 de Novembro, quase 14 meses após o início do genocídio israelense contra os palestinos na Faixa de Gaza, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra Netanyahu, e o seu ex-ministro Yoav Gallant, acusados de crimes de guerra e de lesa-humanidade, insanidade que as tropas israelenses perpetram desde outubro de 2023.

O Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança da União Europeia, Josep Borrell, em declarações desde a Itália, no dia 27 de novembro, quando participou na reunião de ministros de Relações Exteriores do Grupo G7, já havia deixado clara a necessidade de respeitar as decisões da entidade internacional para todos os estados membros.

Nos últimos 419 dias, o regime israelense matou pelo menos 44.330 palestinos e outras 104.933 pessoas ficaram feridas.

O regime fascista de Israel continua os seus crimes, ignorando as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) que apelam ao fim da guerra e as ordens do Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) sobre a necessidade de acabar com o genocídio em Gaza.

ESPANHA E BÉLGICA CUMPRIRÃO O MANDADO DA UNIÃO EUROPEIA

José Manuel Albarés, ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, afirmou esta quinta-feira (28) que o seu país, Estado membro do TPI, cumprirá a decisão do Tribunal em relação ao mandado de detenção contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

“A Espanha vai cumprir todas as suas obrigações” tanto em relação ao TPI como ao Tribunal Internacional de Justiça (CIJ), que investiga, a pedido da África do Sul, se Israel cometeu genocídio na sua ofensiva em Gaza, declarou Albarés.

O alto diplomata espanhol também falou nas redes sociais sobre o acordo de cessar-fogo alcançado no Líbano, e apontou que ele “representa um primeiro passo para a estabilidade e a paz em toda a região”.

Por seu lado, o primeiro-ministro em exercício da Bélgica, Alexander De Croo, também confirmou esta quinta-feira que o seu país cumprirá o mandado de detenção emitido pelo TPI contra Netanyahu, caso este visite o seu país.

“A Bélgica assumirá a sua responsabilidade. Se essa pessoa estiver no nosso território, o mandado de prisão deve ser executado”, frisou De Croo perante a Câmara dos Representantes belga.

O primeiro-ministro afirmou que “é crucial” para o país “que os crimes graves não fiquem impunes e que as vítimas sejam ouvidas e indenizadas”. “Sem justiça, nunca poderá haver paz duradoura”, acrescentou.

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