A direção nacional do PSDB emitiu nota sobre a “expulsão” de Alberto Goldman do partido, desautorizando o diretório municipal de São Paulo, sob o controle de João Dória, que anunciara a suposta expulsão na segunda-feira.
“A decisão é arbitrária e inócua”, diz a nota da direção nacional do PSDB.
Goldman é ex-presidente nacional do PSDB e membro da direção nacional do partido. Ele e o secretário de Governo de São Paulo, Saulo de Castro Abreu, membro da direção estadual, foram “expulsos” do PSDB pelo diretório municipal, por não apoiarem João Doria para o governo de São Paulo.
Doria, durante a campanha, apoiou Jair Bolsonaro para presidente da República, traindo o candidato do seu partido, Geraldo Alckmin (v. “Bolsodória” é a marca da punhalada nas costas).
Outros 15 membros do partido também foram, ilegalmente, “expulsos” pelo diretório paulistano do PSDB, na segunda-feira.
O motivo alegado para a “expulsão” de Goldman foi por usar um adesivo de Paulo Skaf, do MDB, no debate do primeiro turno da TV Globo.
Goldman, aliás, jamais escondeu sua opinião sobre João Doria: “Doria é um sujeito com ambições sem limites e conduta reprovável. Um cidadão sem escrúpulo. Quem conhece João Doria não vota nele. Para o Doria não importa se é amigo, não é amigo. Importa o interesse dele“.
Os acontecimentos de segunda-feira, promovidos por Doria, usando o diretório municipal, mostram, mais uma vez, que Goldman tem razão.
O secretário de Governo Saulo de Castro Abreu foi “expulso” por ter levado, no domingo, o governador Márcio França (PSB), adversário de Doria no segundo turno, para uma reunião com Geraldo Alckmin, presidente nacional do partido – e candidato do PSDB à Presidência, que foi traído por Doria.
A assessoria de imprensa nacional do PSDB esclareceu que o diretório municipal não tem poderes para expulsar membros da direção nacional e da direção estadual. Ou, mesmo, da direção municipal, sem o devido processo, de acordo com os estatutos do partido.
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