O reajuste do salário mínimo para o próximo ano será menor caso a regra que define o índice de recuperação for inserida no teto de gastos do arcabouço fiscal proposto pela equipe econômica do governo.
A regra atual, que consta na política de valorização do salário mínimo definida por Lula, prevê o reajuste da inflação (INPC) dos últimos 12 meses mais o PIB de dois anos anterior. Em 2023, o PIB registrou um crescimento de 3,2%, e o INPC acumulado de 12 meses, até novembro de 2024, ficou em 4,84%, conforme dados divulgados pelo IBGE.
Com isso, o reajuste previsto para 2025 aumentaria o salário em R$ 116, passando dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.528, considerando o arredondamento previsto em lei.
No entanto, caso seja inserido no pacote do ajuste fiscal, o índice de aumento real ficaria limitado ao teto de 2,5%, o que significaria um aumento para R$ 1.518, ou R$ 10 a menos. A proposta do governo defende que esse índice pode variar entre 0,6% e 2,5%.
A diminuição no valor do reajuste do piso salarial, além de afetar diretamente os trabalhadores, interfere no valor de diversos benefícios sociais, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e os pagamentos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).