Indicador que antecipa os resultados sobre mercado de trabalho e situação das empresas foi divulgado pela FGV
A perspectiva sobre geração de emprego no Brasil apresentou queda pelo sétimo mês consecutivo e atinge o menor nível desde dezembro de 2016, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), na terça-feira (09).
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que antecipa os resultados sobre mercado de emprego, de acordo com a situação atual das empresas e grau de otimismo dos empresários para os próximos seis meses registrou queda 3,3 pontos em setembro na comparação com o mês anterior. Com o resultado, o indicador atingiu 91 pontos (em uma escala de 0 a 200 pontos), menor nível desde dezembro de 2016, quando atingiu 90 pontos.
Para o economista da Ibre/FGV, Fernando de Holanda Barbosa Filho, a queda no indicador “reflete a elevada incerteza quanto ao crescimento da atividade econômica futura do Brasil e, portanto, quanto à geração do emprego”, avaliou em nota oficial.
O indicador IAEmp, é construído por uma combinação de dados extraídos de sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor. De acordo com a sondagem divulgada pela fundação, está é a sétima queda consecutiva apresentada pelo indicador. E que em seis dos sete indicadores que o compõem a pesquisa, o indicador emprego local futuro da Sondagem do Consumidor, foi o que mais se destacou, com recuo de 6,8 pontos para o período analisado.
A percepção das famílias com relação ao emprego e ao mercado de trabalho também piorou. O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) demonstrou um aumentou 1,3 pontos em setembro na comparação a agosto, para 97,3 pontos, maior nível desde dezembro passado, quando estava em 100,3 pontos. O ICD é um indicador que também varia de 0 a 200, no mesmo sentido na taxa de desemprego, ou seja, quanto maior a pontuação pior é o resultado.
“O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) encontra-se estável, porém em nível elevado. Isto sinaliza o momento de dificuldade no mercado de trabalho enfrentado pelos trabalhadores, apesar da lenta redução observada na taxa de desemprego”, completou Barbosa Filho.