O lucro líquido do Itaú Unibanco atingiu R$ 6,077 bilhões no terceiro trimestre de 2017, um avanço de 12,7% em relação ao valor registrado no mesmo período do ano passado.
A cada nova safra de balanços dos bancos, os lucros são crescentes no seio da maior e longa crise da nossa economia, com a indústria, o comércio e o setor de serviços com índices de crescimento negativo, com aumento das falências e a crescente inadimplência.
Divulgado na segunda-feira (30), o lucro líquido do Itaú, maior banco privado do Brasil, no terceiro trimestre deste ano, atingiu R$ 6,077 bilhões, um aumento de 12,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Descontadas as chamadas operações “extraordinárias”, como venda de ações e provisões fiscais e previdenciárias, o lucro ainda é um disparate em relação aos resultados dos setores produtivos. No período, foram R$ R$ 6,3 bilhões de lucro, o que representa uma alta de 11,8% em relação ao mesmo terceiro trimestre do ano passado.
No acumulado de janeiro a setembro o lucro foi de R$ 18,6 bilhões, ou 13,9% a mais do que o mesmo período de 2016.
São expressivas as receitas na prestação de serviços que no terceiro trimestre somaram R$ 8,4 bilhões. Com taxas extorsivas, no acumulado do ano até setembro, essas receitas foram de R$ 24,2 bilhões ou um aumento de 5,5% em relação passado.
A política monetária praticada há décadas, com taxas de juros persistentemente entre as mais altas do mundo, de FHC a Temer, passando por Lula e Dilma, é a raiz desses resultados.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido de 21,6% obtida pelo Itaú no período também é de tirar o fôlego e é uma realidade do sistema financeiro no Brasil. Aqui os bancos tiveram uma rentabilidade de 150% a mais do que os bancos americanos em 2015 e nem nos anos da maior farra especulativa nos EUA, que resultou no crash de 2008, as taxas americanas alcançaram a rentabilidade dos bancos daqui.