O Grupo Carrefour confirmou a demissão de 2,2 mil funcionários até o fim do ano. Os desligamentos, que começaram em novembro, atingem exclusivamente trabalhadores efetivos, diretamente contratados pela companhia.
No início do mês, o Carrefour anunciou a venda de 8 lojas da sua rede de supermercado Nacional em Curitiba. As transações, alega a companhia, fazem parte de uma estratégia para arrecadar R$ 400 milhões por meio de desinvestimentos. A empresa francesa também vendeu sete unidades da rede Bompreço, que também integra o grupo.
Ao mesmo tempo, a companhia registrou um lucro líquido de R$ 221 milhões no terceiro trimestre – uma alta de 67% em relação ao mesmo período do ano anterior. Pelo oitavo ano consecutivo, o Grupo Carrefour é o maior varejista do Brasil. Sozinho, a marca cravou uma receita de R$ 115 bilhões no país em 2023.
A companhia ganhou ainda mais força nos últimos anos com a aquisição do Grupo Big, e manteve a primeira posição disparada mesmo com alguns fechamentos de unidades no último ano. As informações são do ranking CIELO-SBVC das 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC).
No Rio Grande do Sul, o grupo anunciou o fim das operações em 39 unidades, com o fechamento das marcas citadas. A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado (FECOSUL) e os sindicatos de comerciários estudas medidas jurídicas e negociações coletivas para garantir os direitos dos trabalhadores, incluindo possíveis indenizações adicionais para os trabalhadores afetados pela decisão.
“Se a decisão do grupo for mantida, faremos o que for necessário para assegurar que os direitos da categoria sejam respeitados e que medidas compensatórias sejam aplicadas,” afirmou Guiomar Vidor”, presidente da entidade.
No mês passado, o CEO do Carrefour Alexandre Bompard, anunciou que a varejista suspenderia a compra de carne bovina proveniente do Mercosul, alegando falta de confiança no produto da região. Dias depois, após série de boicotes de frigoríficos brasileiros à rede Carrefour, além do Atacadão e do Sam’s Club, que também pertencem ao grupo, reviu a decisão.