O presidente da Bolívia, Evo Morales, comemorou o primeiro lugar que seu país ocupa em crescimento econômico na América do Sul. “O Banco Mundial assinalou que a Bolívia crescerá 4,5% neste ano, que novamente ficará em primeiro lugar no Sul e em segundo em todo o continente americano em crescimento econômico”, afirmou Evo durante a inauguração de um centro educativo no estado de Panco, no dia 8.
Realçou que os avanços têm sido produto da nacionalização dos recursos naturais, a sua industrialização e a recuperação das empresas estratégicas,. Isso tem permitido a libertação econômica do país em prol de melhores condições de vida do povo boliviano e das gerações emergentes.
“Antes era toda uma luta, (…) para mudar esse modelo econômico de saque permanente de nossos recursos naturais, a economia estava em mãos dos estrangeiros e temos sabido como recuperá-los (…) Graças à luta, nacionalizamos, investimos e agora batemos recordes na economia”, sublinhou o presidente.
Lamentou que outras nações da região não tenham conseguido avançar em matéria de desenvolvimento social nem superação da desigualdade, referindo-se especificamente ao Brasil e Argentina, países onde há governos que insistem em instaurar políticas neoliberais, fracassadas em todos os lugares onde se impuseram.
“Eles são privatizadores e nós nacionalizadores, essa é nossa profunda diferença. (…) A Bolívia é respeitada porque deixou de mendigar. Antes precisávamos importar tudo que consumíamos, agora trabalhamos para produzir aqui. Agora até nos pedem dinheiro”, concluiu Evo.
De acordo com o BM, o desenvolvimento econômico da Bolívia é um dos mais significativos da região baseado na economia produtiva, e iguala países cujo PIB está ancorado em atividades financeiras e comerciais como o Panamá e a República Dominicana.
O governo afirma que é aplicado um modelo inclusivo, baseado em seis alicerces: retenção dos excedentes econômicos que gera o país para o reinvestimento em projetos de desenvolvimento; redistribuição da renda e reativação do mercado interno; crescente investimento público; elevada poupança interna; articulação do capital financeiro com o capital produtivo e a diversificação econômica, com o investimento em obras de infraestrutura e novas empresas estatais.
“Acredito que o fundamental para o nosso desenvolvimento é a retenção do excedente para que a riqueza não se vá, seja investida no país”, acrescentou o vice-presidente Álvaro García Linera.