Segundo especialistas, há sinais evidentes de um ataque especulativo de cartel formado por bancos na cotação do dólar e “terrorismo” sobre a situação fiscal do país para forçar o corte de gastos e investimentos acolhido no pacote de Haddad
A deputada e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, acusou o editorial do jornal Folha de S. Paulo, de domingo (22), de “delirante”, por falar “em risco de hiperinflação”. Segundo ela, o texto “é uma aposta descarada contra o país”.
Gleisi lembrou que “nenhum governo do presidente Lula, inclusive este, praticou ‘expansão ilimitada do estado’, como diz o jornal “irresponsavelmente”.
A dirigente do PT argumentou, ainda, que “estamos saindo de um déficit de 2,1% do PIB em 2023 para algo em torno de 0,25% este ano, um esforço fiscal sem precedentes, e a Folha acha pouco”.
“O país voltou a crescer, com mais renda e salários, gerando empregos como nunca, apesar dos fabricantes de crise e seus porta-vozes na mídia. Não existe mesmo almoço grátis, mas sempre existiu uma disputa pelos recursos do estado: entre milhões de famílias que o governo Lula está resgatando da pobreza e os pouquíssimos que fazem banquetes à custa dos juros da dívida e da indecente concentração da riqueza no país”, acrescentou a parlamentar, para concluir: “o editorial mostra de que lado a Folha está”.
REAÇÃO “EXAGERADA” DO MERCADO E “TERRORISMO” SOBRE SITUAÇÃO FISCAL”
O insuspeito economista e filósofo Eduardo Gianetti, em entrevista ao Estadão – outro jornalão que adotou linha editorial semelhante à Folha – apresentou seu diagnóstico: “Claramente, há uma reação exagerada do mercado financeiro”, afirma. “Os indicadores fiscais brasileiros, embora preocupantes, não são calamitosos. Longe disso. Nós não estamos na beira de nenhum precipício fiscal.”
Já o jornalista e economista Luís Nassif, em sua coluna no jornal GGN, constatou que “se houve uma reação exagerada, significa que foi fora do normal. Se foi fora do normal, não se pode buscar uma explicação dentro do normal. É evidente que houve uma articulação entre algumas instituições”.
Segundo ele, “o principal fator a alimentar as especulações foram, justamente, editoriais dos jornalões fazendo terrorismo sobre a situação fiscal”, acrescentando que “o susto com a possibilidade de judicialização da questão do cartel ficou nítido nos dois jornais”.
Que cartel é esse?
De acordo com o próprio Nassif, o presidente Lula já teria recebido informações suficientes para agir e desmascarar o chamado “cartel do câmbio” representado por bancos que jogaram as cotações do dólar nas alturas.
O economista lembrou que o PTAX é uma taxa de câmbio oficial divulgada pelo Banco Central do Brasil, que representa uma média das taxas de câmbio praticadas no mercado interbancário, calculada com base em quatro consultas realizadas ao longo do dia (manhã e tarde) junto às principais instituições financeiras, refletindo as cotações de compra e venda do dólar americano em relação ao real e servindo como referência para diversas operações financeiras e comerciais. Vale para contratos futuros e fechamento contábil das empresas.
MOVIMENTO ESPECULATIVO DO CARTEL E NOTÍCIAS FALSAS PELO X
Segundo Nassif, “o grande movimento especulativo deu-se na véspera do anúncio do pacote fiscal” do Haddad, havendo “sinais evidentes da participação de, ao menos, três grandes instituições bancárias, sendo uma estrangeira, a JP Morgan, um grande banco comercial e um grande banco de investimento. Depois do estouro da boiada, o mercado veio atrás, inclusive com alguns operadores ingênuos divulgando notícias falsas através do X”
Sobre isso, a Advocacia Geral da União (AGU) já oficiou a Polícia Federal para investigar suposta ação especulativa diante de poderosos indícios.
Para Nassif, “a maneira de identificar o cartel é simples. Bastará a presidência da República, através da AGU (Advocacia Geral da União) oficiar a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a B3 para levantar os nomes de todas as instituições que atuaram no movimento especulativo”.
O economista, assim como Gleisi, também desqualificou o editorial da Folha:
Afirmou o jornal: “Culpar ataque especulativo ou memes pela alta do dólar é fábula em defesa do governo e acinte à checagem jornalística”, ao que Nassif respondeu à editorialista a quem chamou de “jejuna em economia” que criticou os jornalistas que estranharam os movimentos anômalos do mercado:
“O ‘conhecimento científico e empírico produzido’, segundo a notável analista (da Folha), nada mais passa do que a repetição incessante de inverdades – como a que proclama o desajuste homérico das contas públicas -, que serve para amadores, como a articulista, se considerarem empoderados para abordar um tema que não dominam. Diferença entre déficit primário e nominal, impacto da Selic no aumento da dívida pública, desproporção entre um déficit de 0,5% e um movimento radical de elevação do dólar, nada disso faz parte do universo de conhecimento da tal especialista em semiótica”, concluiu.
Deputada Gleisi Hoffman, a “folha”(sic) sempre esteve do lado dos “farialimers” ,do “mercaduz”(investidores e parasitas) e dos golpistas. nenhuma novidade, pois a mídia em geral(internet,folha,globo,estadão,veja, epoca,etc) abomina a Esquerda, o pobre, o Lula e o PT. nada vai mudar na base da pirâmide, se não houver uma “revolução de verdade”, com luta armada e muito sangue.