O papa Francisco condenou o genocídio que Israel está cometendo em Gaza. Ele qualificou a crise humanitária provocada por Israel com o apoio dos Estados Unidos como “muito séria e vergonhosa”.
O Papa, em seu discurso anual para os diplomatas, falou sobre as mortes pelo frio em Gaza que com os bombardeios contra sua infraestrutura está quase sem nenhuma eletricidade, a maioria dos hospitais estão destruídos e os bloqueios de Israel contra o envio de ajuda humanitárias como cobertores, agasalhos, comida e medicamentos torna muito escassos os recursos tão necessários para a sobrevivência da população civil.
“Não podemos aceitar, de forma alguma, o bombardeio de civis ou o ataque a infraestruturas essenciais para a sobrevivência. Não podemos aceitar que crianças morram de frio porque hospitais foram destruídos ou redes de energia de um país foram atingidas”, disse o Francisco no comunicado.
“Renovo meu apelo por um cessar-fogo e pela libertação dos reféns israelenses em Gaza, onde há uma situação humanitária muito grave e vergonhosa, e peço que a população palestina receba toda a ajuda que necessita.”
O discurso, lido por um assessor, nesta quinta-feira, 9, porque o papa estava com um resfriado, foi feito para representantes de 184 países credenciados pelo Vaticano. Esse discurso anual é chamado de discurso do “Estado do Mundo”.
“Meu desejo para o ano de 2025 é que toda a comunidade internacional trabalhe acima de tudo para acabar com o conflito que, há quase três anos, causa tanto derramamento de sangue”, disse.
Em dezembro do ano passado, o papa já tinha criticado os bombardeios em Gaza. “Ontem, crianças foram bombardeadas. Isso não é guerra. Isso é crueldade. Quero dizer isso porque toca meu coração,” disse.
A carnificina de Israel contra Gaza já matou no mínimo 46.000 pessoas, mais de 109.378 estão feridos, de acordo com a rede de notícias Al Jazeera. Levantamento recente da revista médica The Lancet situa o número de mortos em 65 mil. Gaza é uma das maiores prisões a céu aberto do mundo, por causa dos incessantes ataques do exército israelense é também o lugar com mais mutilações de crianças.