![](https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2025/02/cats-3.jpg)
A máscara caiu. Os picaretas estão em campanha em prol da volta mais rápida dos corruptos e criminosos afastados da política pela Justiça. Eles estão numa cruzada para desfigurar a lei da ficha limpa
Quanto mais o tempo passa, mais o bolsonarismo se desmascara. Eles batiam no peito e se diziam paladinos da moralidade, mas, agora, sem a menor cerimônia, pretendem aprovar um projeto de lei para desfigurar a Lei da Ficha Limpa com o objetivo de socorrer corruptos e ladrões.
DEFESA ABERTA DE CRIMINOSOS
Saíram em defesa aberta de criminosos e fazendo uma cruzada para legalizar a bandidagem e a roubalheira na política brasileira. Querem permitir que condenados por diversos crimes possam rapidamente voltar a disputar eleições para poderem novamente cometer seus crimes dentro da política.
A lei da ficha limpa, que já tem 15 anos de existência – e que está sendo combatida por eles -, afasta da atividade política os corruptos e criminosos condenados. São os chamados “fichas sujas”. Por esta lei, eles ficam impedidos de disputar eleições por oito anos. A lei foi feita para combater a corrupção na política brasileira. Os condenados são afastados para que não tenham acesso às verbas públicas e, portanto, para que não possam roubá-las ou desviá-las.
Pois bem. Os bolsonaristas saíram agora em defesa desses criminosos e querem reduzir a inelegibilidade dos condenados para somente dois anos. Ou seja, quase nada. Estão literalmente advogando para os “fichas sujas”, para os delinquentes, para os assaltantes dos cofres públicos e também para os golpistas que planejaram a invasão dos Três Poderes e os assassinatos de autoridades da República.
CAIU A MÁSCARA
Caiu a máscara do fascismo bolsonarista. Eles se fingiam de gente honesta, defensora da moral e dos bons costumes. Só que, debaixo dessa máscara, são na verdade picaretas e demagogos. Os deputados ligados a Jair Bolsonaro estão em campanha aberta e cínica pelos direitos dos bandidos, dos corruptos e dos ladrões. Advogam que eles não podem ser penalizados com os oito anos de afastamento da política. Que isso é injusto, que é muito tempo, etc.
Os bolsonaristas são, portanto, defensores de que criminosos possam voltar mais rapidamente à política, possam disputar as próximas eleições e possam ser eleitos. Em suma, querem que essa gente, que foi confirmada como bandidos, que foi condenada em segunda instância, volte rapidamente para a política.
É claro que o objetivo deles tem um alvo central. Estão tentando livrar o maior “ficha suja” do país: Jair Messias Bolsonaro, que fraudou documentos, roubou joias, vendeu-as no mercado negro, tentou dar um golpe e arquitetou, junto com seus comparsas, o assassinato do presidente da República, do vice-presidente e de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
CAMPANHA ESDRÚXULA
Ele é o principal alvo dessa campanha esdrúxula dos deputados do PL, partido ao qual o próprio meliante é filiado. Sabedores de que Bolsonaro já é inelegível e ainda deverá ser condenado por todos esses outros crimes já citados, eles estão tentando uma manobra de bastidores para viabilizar sua volta à política.
Bolsonaro já foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e conspiração contra a democracia, pelo uso indevido dos meios de comunicação, em razão de declarações em que levantou suspeitas, sem provas, sobre a lisura das urnas eleitorais durante evento oficial com embaixadores de diversos países. Este ato o desqualificou para concorrer a eleições até o início da próxima década.
Agora, ele deverá ser condenado também por outros crimes ainda mais graves. Por isso, para tentar livrar o “mito”, os bolsonaristas estão querendo mudar a lei da ficha limpa e, com isso, acabam defendendo toda a bandidagem já condenada pela Justiça.
Assim como a máscara está caindo agora nesta questão da defesa dos corruptos – mostrando que eles são, na verdade, advogados de ladrões -, os bolsonaristas já tinham sido desmascarados também em outro assunto em que eles também mentiam. Fingiam combater criminosos comuns, mas defenderam uma lei em apoio aos estupradores. Sim porque quiseram livrá-los da punição de seus crimes para punir as suas vítimas. Vejam como foi isso.
DEFESA DE ESTUPRADORES
A lei brasileira permite a realização de aborto legal em algumas poucas situações, entre elas às vítimas de estupro. Pois não é que os bolsonaristas tentaram aprovar uma lei com punição severa às vítimas de estupro que realizassem o aborto. Ou seja, defenderam uma lei para punir severamente a vítima de estupro e, com isso, livraram os estupradores. Foram repudiados por quase toda a sociedade e tiveram que botar o galho dentro.
E não ficou somente por aí. Os bolsonaristas já haviam sido desmascarados também como falsos patriotas. Se fantasiavam de verde e amarelo, mas o que eles veneravam mesmo era a bandeira americana, a bandeira da Miami e as viagens à Disneylândia. Bolsonaro era o mais puxa-saco dos americanos.
CHICAGO BOY
Quando ocupou o Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro se mostrou um entreguista de marca maior. Colocou Paulo Guedes, um “Chicago boy” de quinta categoria no ministério da Fazenda para torrar o patrimônio nacional e tentou a todo custo vender a Petrobrás para os gringos.
Ele acabou fatiando a empresa petrolífera e vendendo-a em pedaços a diversos fundos estrangeiros. Vendeu também a Eletrobrás, maior empresa de energia da América Latina e, por fim, tentou entregar o controle do espaço aéreo da Amazônia para o oligarca bilionário e nazista norte-americano Elon Musk, agora membro do governo tresloucado de Donald Trump. Ou seja, Bolsonaro não passa de um apátrida e de um traidor do povo brasileiro.
SÉRGIO CRUZ