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Anunciando sua saída da Organização Mundial da Saúde – responsável pela defesa de centenas de milhões de vidas durante a epidemia da Covid -, e respaldando a agressão a mais de dois milhões de palestinos – ameaçados pelo presidente estadunidense de serem retirados à força da Faixa de Gaza -, Javier Milei se isola cada vez mais como fantoche de um lunático
Ao confirmar na quarta-feira (5) que seguirá os descaminhos do presidente estadunidense Donald Trump e retirará a Argentina da Organização Mundial da Saúde (OMS) – responsável pela defesa de centenas de milhões de vidas durante a epidemia da Covid -, o fantoche Javier Milei violou a soberania nacional e sanitária do seu país, agredindo o povo de Perón e Evita. Com os olhos esbugalhados, Milei repetiu as mentiras trumpistas de “má gestão da entidade”, e foi além, acusando a direção da OMS de “crime de lesa-humanidade”.
Em um de seus ataques, o fascista argentino acusou de “ideólogo da quarentena cavernícola” o organismo internacional, composto por 193 Estados-membros das Nações Unidas e encarregado da promoção e coordenação de planos e programas de cobertura sanitária. Apontando “profundas diferenças” com a OMS, também alardeou uma pretensa ineficácia de suas ações sanitárias. “É por isso que decidimos abandonar uma organização tão desastrosa que foi o braço executor daquela que foi a maior experiência de controle social da história”, bradou.
A decisão foi tomada mancomunada com a posição da Casa Branca a respeito de vários organismos da ONU e somente 24 horas depois de Trump ter anunciado a retirada dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
O porta-voz do governo argentino não descartou que Milei decida bater em retirada de outros organismos internacionais, mas que por hora, “a única instrução do presidente” é iniciar a saída da OMS.
Igualzinho a Trump, o ocupante da Casa Rosada se proclama cético em relação ao aquecimento global, apontando que “políticas que culpam os humanos pela mudança climática são falsas”. Sendo assim, logo após a eleição do seu maestro na Casa Branca, em novembro, Milei retirou a Argentina das negociações climáticas da ONU no Azerbaijão, admitindo a possibilidade de que venha a seguir Trump e se retirar do Acordo de Paris sobre redução de emissões de carbono.
Da mesma forma que o seu comandante norte-americano, Milei condenou a chamada “ideologia woke” (progressista), no Fórum Econômico Mundial em Davos: “é a grande epidemia do nosso tempo (…) o câncer que deve ser removido”.
Entre outras sandices, os dois externaram uma profunda admiração pelo bilionário Elon Musk, com Milei elogiando o conselheiro de Trump como o “Thomas Edison do século XXI”. Identificados com a “motosserra”, Musk – encarregado de um novo departamento responsável por cortar fundo nos gastos públicos – defendeu a política econômica do serviçal argentino e disse que o país “vive um enorme progresso” desde que Milei virou presidente.
Milei também reiterou apoio incondicional ao terrorismo de Estado praticado por Israel contra o povo palestino, iniciando por transferir a embaixada da Argentina de Tel Aviv para Jerusalém, ecoando a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital sionista, como pretende o invasor e ocupante.