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Trump admitiu que quer fazer do abominável centro de torturas o calvário de 30 mil imigrantes a serem aprisionados na base montada em território usurpado a Cuba
O juiz federal Kenneth J. Gonzales concedeu neste domingo (9) uma medida cautelar para barrar o envio de três homens detidos no Estado do Novo México, EUA, à Base Naval de Guantánamo, Cuba.
Conforme o advogado Baher Azmy, do Centro de Direitos Constitucionais, os migrantes haviam solicitado anteriormente uma moção para barrar a possível transferência, mesmo que ainda não houvesse uma ordem neste sentido.
Membro da equipe jurídica de defesa, a advogada Jessica Vosburgh, ressaltou que a posição da Justiça se opõe claramente às diretrizes do governo Trump em especial sua caça aos imigrantes latinos.
Os três venezuelanos, segundo a Reuters, têm um caso pendente no tribunal federal do Novo México contestando o que as forças repressivas haviam alegado durante a sua prisão.
A secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Kristi Noem, confirmou que um segundo vôo com 13 migrantes chegou na última quinta-feira (6) à Base Naval de Guantánamo.
Sob protestos da comunidade internacional, o governo norte-americano anunciou que o centro de torturas foi escolhido como local de detenção temporária.
Diante da repulsa mundial à medida repressiva anunciada pela Casa Branca, o Pentágono tentou se explicar de que esta se trata de uma medida temporária tomado desde Washington “para garantir a detenção segura destes indivíduos até que pudessem ser transportados para o seu país de origem ou outro destino apropriado”.
Acontece que, diante do histórico de Gantánamo como principal centro de prisões ilegais e tortura – incluindo as confessadas, a exemplo da asfixia com água, denominada de Waterboarding -, torna-se impossível acreditar nas afirmações dos ocupantes de Guantánamo, ou seja, o Pentágono. Ainda mais quando o próprio Trump já declarou que os prisioneiros iriam à famigerada base, para lá ficarem pois não confia nos países de origem destes imigrantes para controlar estes “criminosos” e que, portanto, não seriam deportados a seus países.